Déficit fiscal de Piancó é o maior da história: desajuste das contas deixa prefeito em situação difícil

O desequilíbrio fiscal da Prefeitura de Piancó nos últimos dois anos é o maior da história administrativa do município. Esse expressivo desajuste nas contas municipais fere a Lei de Responsabilidade Fiscal e acarreta consequências extremamente nocivas para a gestão pública e, consequentemente, para a população.
                
Em 2014, por exemplo, o déficit da Prefeitura foi de 9 milhões de reais, ou seja, o município gastou bem mais do que arrecadou, gerando um rombo histórico nas contas municipais. No período, foram empenhados despesas superiores a 42 milhões de reais, mas o prefeito só conseguiu pagar pouco mais de 33 milhões. Isso significa que acabou o ano e muita gente (servidores e fornecedores de produtos e serviços) ficou sem receber.


                
Com relação ao ano passado, até o mês do outubro, o desajuste da Prefeitura já estava na casa dos seis milhões de reais, segundo dados do Tribunal de Contas do Estado. Todo esse desequilíbrio fiscal do município é gerado por outra irregularidade: a contratação excessiva de funcionários, excedendo, inclusive, em muito o limite de gasto com pessoal.
                
Para se ter uma ideia do excesso de funcionários do município, dos 24,8 milhões de reais movimentados pela Prefeitura entre janeiro e outubro de 2015, mais de 19 milhões foram para o pagamento de servidores. No mês dez, o número de funcionários do município era de 1.248, quase metade disso de comissionados e prestadores de serviço contratados por critério meramente político.
                
O desajuste nas contas municipais deixa o município sem condições de investir recursos próprios em obras, projetos e serviços para a população, e também acarreta problemas para o prefeito, que poderá ter suas contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. 

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