Caso "Gêmeos"; Justiça concede liberdade ao vidraceiro suspeito de homicídio, em Itaporanga

O Juiz titular da 1ª Vara da Comarca de Itaporanga, Dr. Carlos Gustavo Guimarães, acatou o pedido de Liberdade Provisória, em favor do vidraceiro, Cosmo Leandro de 23 anos, suspeito de ter assassinado a tiros, um morador local de 31 anos (envolvido com drogas), na quinta-feira, 30/07, no conjunto Chagas Soares em Itaporanga-PB.

De acordo com o Advogado de defesa de Leandro, seu cliente teria chegado à Delegacia por iniciativa própria, quando queria saber o que estava acontecendo, já que seu nome era citado como autor do crime, sem que ele ao menos conhecesse a vítima, nem mesmo sabia o que estava se passando, e também na tarde do ocorrido ele estava prestando serviços na cidade de Piancó, conforme várias testemunhas.

Revoltado, o pai de Leandro, o comerciante, Adailton Miguel Nunes (na foto com o advogado), procurou a imprensa regional para provar que seu filho era inocente. "Ele é um pai de família, trabalhador, honesto e muito conhecido na sociedade, o que está acontecendo é um engano, meu filho está pagando uma culpa de outra pessoa", disse. Leia também: Pai de jovem acusado de homicídio em Itaporanga desabafa e diz que vai provar inocência do filho...

O Delegado do caso, Dr. Renato Leite, fundamentou seu inquérito baseado no testemunho da esposa da vítima, que no dia do crime, disse que, quem teria matado seu marido, se chamava "Leandro irmão do Gêmeo". O delegado disse que a prova era muito forte e o considerou no seu relatório.

Ainda na delegacia, os irmãos Leandro e Leonardo, filhos de Adailton, foram colocados em um local para o reconhecimento, quando a mulher disse que estava conhecendo as características de Leandro e era ele o autor do crime.

No dia seguinte do crime, Leandro foi conduzido até a cidade de Patos para realizar o exame residuográfico, porém ele não chegou a ir à clínica, motivo este que os agentes disseram que a prova não seria necessária, e retornou a Itaporanga, onde ficou preso na Cadeia Pública.

Poucos dias depois do crime, em um novo interrogatório, a esposa da vítima contrariou seu próprio testemunho, dizendo que estava transtornada no momento do reconhecimento e estava com a consciência pesada, ao saber que Leandro estava preso e ela já não tinha a certeza se foi ele ou não.

Um fato interessante neste caso, é que outro gêmeo, com o nome de Leandro, natural de Campina Grande-PB, com passagem policial, morador do mesmo conjunto onde aconteceu o homicídio, tinha rixa com a vítima, chegou a ser solicitado para se apresentar na Delegacia no decorrer do inquérito, disse que não tinha envolvimento no caso e foi liberdade em seguida, pois contra ele não existia mandado de prisão.

Leandro foi solto na manhã desta quinta-feira (20) e chorou ao ver a sua família, "o que está acontecendo comigo. Após um dia de trabalho meu descanso foi na cadeia, fui preso injustamente", comentou.

De acordo com o despacho do processo, Leandro de Adailton vai responder em liberdade, tendo que atender a todas as condições feitas pela justiça.

Dr. Raminho que é o advogado responsável por defender o jovem, também está convicto de que não foi ele o autor do crime e pleiteia a desqualificação da esposa da vitima para livrar o vidraceiro do caso.

Leandro não tinha passagem policial, ao contrario do seu irmão, Leonardo.

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