Ex-prefeito de Santana de Mangueira será enterrado nesta sexta-feira

Será enterrado nesta sexta-feira (21), no cemitério Parque das Acácias, em João Pessoa, o corpo do empresário e ex-prefeito de Santana de Mangueira, José Nunes Diniz.

Ele morreu na última quarta-feira (19), aos 77 anos, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, vítima de um câncer adquirido em função de uma doença chamada silicose, segundo sua filha, a médica Maria Derlândia.

O corpo de José Nunes Diniz está sendo velado, na 1ª Igreja Batista de João Pessoa, no Centro da cidade. Silicose, segundo o dicionário, é “doença resultante da inalação da poeira da sílica que se fixa nos pulmões”. A silicose “manifesta-se pela transformação fibrosa do pulmão, cujos sintomas se assemelham aos da tuberculose”.

O empresário deixou viúva a senhora Maria Delma de Figueiredo Diniz, com quem teve cinco filhos: Derlândia (médica), Ediliane (dentista), Fabiana (dentista), Janaína (contadora) e José Nunes Filho (administrador de empresas). Várias autoridades e personalidades passaram no velório do empresário para prestar condolências à família. José Nunes Diniz passou um mês internado no Real Hospital Português, em Recife, onde contraiu uma infecção e foi transferido para o Sírio Libanês, em São Paulo.

Segundo Derlândia, aos 22 anos de idade, José Diniz trabalhou em uma fábrica de peças de automóveis, em São Paulo, denominada Sofunge, na fundição de peças. No emprego, inalou fuligem durante 3,6 anos. “O pó da fundição ficou instalado no organismo dele durante todos esses anos”, comentou a filha médica. Na época, como ele era jovem, nada sentia. Ganhou dinheiro e voltou para a Paraíba. Passou a vender joias pelas cidades do Sertão. “Ele tinha o sonho de vencer na vida para ajudar a família. Foi o que fez. Vendendo joias, conheceu minha mãe, com quem foi casado por 51 anos”, contou a filha mais velha.

Em 1965, José Nunes Diniz veio morar em João Pessoa. Como tinha o sonho de ser prefeito de sua cidade, voltou para Santana de Mangueira e se candidatou em 1968. Venceu a eleição para prefeito e ficou no cargo até 1972. Foi eleito pela Aliança renovadora nacional (Arena). Passou quatro anos sem mandato e se elegeu de novo em 1976. Exerceu mandato de seis anos. Após ser prefeito pela segunda vez, ele voltou para João Pessoa e reiniciou o comércio de ouro.

A família, hoje, tem lojas no Manaíra Shopping e no Shopping Center Recife. “Meu pai foi um lutador. Foi um guerreiro. Era tão querido que foi candidato único a prefeito de Santana de Mangueira na segunda eleição “, disse Derlândia, acrescentando que ele vivia para a família, não tinha vícios, “era um homem de Deus”. No final do ano passado, a vereadora pessoense Raissa Lacerda propôs e a Câmara aprovou a concessão de um título de cidadania pessoense para o ex-prefeito de Santana de mangueira, que, como empresário, deu importante parcela de contribuição ao desenvolvimento da cidade de João Pessoa.

“Temos orgulho dele ter iniciado sua vida profissional de uma vida tão simples. Ele foi um homem de muita coragem. Não tinha medo de nada. Só fez amigos. Não deixou um inimigo. Era muito querido no ramo joalheiro da Paraíba e do Brasil”, contou a filha.

Fonte: Adelson Barbosa dos Santos
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