Professores de São José de Caiana poderão entrar em greve

O ano letivo da rede municipal de ensino de São José de Caiana, programado para começar nesta segunda-feira, 28, poderá ter seu início suspenso por uma greve dos professores, caso o prefeito José Walter (foto), do PMDB, não atenda algumas reivindicações do magistério local, conforme disse a professora Josefa Marleida, presidente do Sindicato da categoria e líder do movimento paredista, em visita que fez à redação da Folha na manhã desta sexta-feira.

Entre as reivindicações dos professores está o pagamento do piso salarial do magistério e do 13º salário completo. “O prefeito não paga o piso salarial, e o 13º ele tem pago dividido nos 12 meses do ano, e não o valor completo em dezembro ou, pelo menos, a metade em junho, e ficamos prejudicados porque tem o desconto em cada mês”, diz a presidente do sindicato.

Ela afirmou que os professores estão aguardando a resposta de um ofício encaminhado ao prefeito, solicitando dele o atendimento das reivindicações. “Queremos que o prefeito se sente com a gente para entrarmos em negociação, embora ele nunca tenha nos recebido”, disse Josefa Marleida.

Apesar de nunca ter pago o piso salarial do magistério, que era de R$ 950,00 e este ano passa a ser de R$ 1.187,00 (teve reajuste de 15,85%) para 40 horas semanais, o prefeito José Walter “anda dizendo que os professores municipais de Caiana já ganham bem demais”, argumenta a professora.

Somente no ano passado, o Governo Federal destinou para a Prefeitura de São José de Caiana R$ 1.157.624,91 referente ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Desse montante, 60% deveriam ser destinados para melhoria salarial dos professores, conforme o art. 22, da Lei 11.494/2007, que trata sobre o Fundo. Ou seja, R$ 694.574,946 deveriam ser usados em 2010, exclusivamente, para salário do magistério.

A rede municipal de São José de Caiana atende o ensino fundamental completo.

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