Pastor do Sertão é acusado de escravizar adolescente; garoto estava no Sul do País

A denúncia foi feita pelo Conselho Tutelar de Serra Branca ao Ministério Público, que pediu a atuação do MPT no caso.

Ministério Público do Trabalho na Paraíba está investigando denúncia de que um adolescente de 17 anos, natural de Serra Branca, estaria sendo vítima de trabalho semelhante ao de escravo no município de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O menor estaria em Soledade, visitando uma tia, e levado inicialmente ao município de Patos por um pastor evangélico com atuação naquela cidade.

A denúncia foi feita ao Ministério Público Estadual pelo Conselho Tutelar de Serra Branca, que pediu a atuação órgão no caso.

Emprego
O adolescente teria sido atraído pela promessa de emprego em Patos, onde também se serviria de uma moto. Cerca de um mês depois, o garoto foi levado ao Rio Grande do Sul, onde estaria trabalhando sob intensa vigilância e sem receber salário. Mesmo assim, ele conseguiu telefonar para a família, avisando de suas condições degradantes. Os pais decidiram, então, procurar o Conselho Tutelar de Serra Branca para providenciar a volta do filho para casa.

Ação


O procurador do Trabalho Eduardo Varandas, que está temporariamente atuando na Procuradoria do Trabalho no Município de Campina Grande (PTM-CG), decidiu abrir procedimento preparatório de inquérito civil e expediu ofício à Polícia Federal de Patos requerendo informações sobre todos os dados do pastor acusado. Também solicitou da polícia civil de Passo Fundo a abertura de inquérito policial e do MPT no Rio Grande do Sul atuação no sentido de apurar os fatos.

“Vamos atuar com rigor no caso. Contudo, é lamentável que, em pleno século XXI, o Brasil remanesça com a chaga da escravidão maculando sua bandeira”, comentou o procurador.

DIÁRIO DO SERTÃO com Ascom PRT-13

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