PREGO BATIDO: PSDB impõe aliança fechada nos Estados; na PB candidato é Cícero Lucena


"Quem quiser o nosso apoio nos estados, tem que estar conosco no plano nacional. Disso, não abrimos mão." Com essa frase, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), deu um recado claro aos filiados do partido durante o encontro da bancada no Rio de Janeiro.

Não serão bem-vindas as alianças com aqueles que se aproximam da legenda para garantir o naco do poder estadual e, quando chega a hora de dar uma força na campanha presidencial, deixam o candidato que precisa percorrer o país todo praticamente à deriva, com material de campanha encalhado, como ocorreu em 2006 com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin - uma experiência que os tucanos classificaram como de muitos apoios formais, mas pouca campanha de rua.

O quadro que começa a se formar em alguns estados mostra que o PSDB tem lá as suas razões ao fazer essas cobranças.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), é hoje um dos maiores parceiros do presidente Lula e tem defendido abertamente a campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Só que o primo de Henrique, o senador Garibaldi Alves, também do PMDB, pretende concorrer à reeleição na chapa de Rosalba Ciarlini (DEM) ao governo estadual.

A outra vaga ao Senado é do líder do DEM na Casa, José Agripino (RN). "Nossa prioridade hoje é a campanha presidencial. Estamos montando esse palanque para o nosso candidato, seja ele Serra ou Aécio", diz o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).O mesmo vale para Alagoas, onde Renan Calheiros (PMDB), candidato à reeleição, não descarta uma chapa com o governador-candidato Teotônio Vilela.

Na campanha presidencial, entretanto, tende a apoiar Dilma. Outro palanque que ainda é problemático é o do Ceará, onde Tasso Jereissati enfrenta uma pressão para ser candidato a governador contra Cid Gomes (PSB) só para acertar um palanque estadual para dar um QG ao presidenciável tucano. Hoje, se dependesse exclusivamente de Tasso, ele seria candidato numa aliança com Cid, aliado de Lula.

Na Paraíba, também há complicação: comenta-se uma possível aproximação do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) com o prefeito Ricardo Coutinho (PSB), que será candidato a governador. Mas o senador Cícero Lucena (PSDB) se diz candidato ao governo e defende a candidatura tucana a presidente.

Ricardo deve marchar com o PT ou com um possível candidato do seu partido a presidente.

o Norte


Nenhum comentário:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Tecnologia do Blogger.