Presidente da FPF, Nosman Barreiro abre ação criminal contra o grupo que tentou destituí-lo do cargo por formação de organização criminosa
Após a tentativa frustrada de
buscar destituí-lo da Presidência da Federação Paraibana de Futebol (FPF),
durante uma "assembleia-geral" fraudulenta realizada na última
segunda-feira (16) no Clube Cabo Branco, em João Pessoa, Nosman Barreiro acionou
criminalmente nesta quinta-feira (19) por formação de organização criminosa
(quadrilha) o grupo que tentava retornar ao comando da entidade sob a
inescrupulosa liderança do ex-presidente Amadeu Rodrigues, afastado pela
Justiça por prática de corrupção.
Foram processados por formação de
organização criminosa os senhores: Marcílio de Lima, presidente da Conselho
Fiscal da FPF que convocou [sem ter essa prerrogativa] a malfadada reunião de
clubes; Eduardo Marcelo Carneiro de Araújo, ex-diretor executivo na gestão de
Amadeu; Ademário Costa Cavalcanti, atual diretor de Registro e Transferência da
própria FPF; Amadeu Rodrigues, ex-presidente afastado pela Justiça por prática
de corrupção na FPF; e Waltteau Rodrigues da Silva Júnior, presidente do Auto
Esporte Clube que secretariou os trabalhos da malfadada reunião.
Numa armação ardilosa, a
"assembleia" teve o propósito de destituir o atual presidente
(Nosman) com apenas 11 (votos) num universo de 62 filiados à federação, embora,
a convocação tenha sido avalizada por 26 "representantes" de clubes.
Não mais do que torpe, o motivo para destituir um presidente que assumira
apenas 7 (sete) dias antes se baseava numa possível gestão
"temerária". O que, claro, não se sustenta haja vista que não houve
nem tempo de esquentar a cadeira. Para tanto, os "dignos" 11
eleitores elegeram uma "junta administrativa" que não tomou posse por
falta de legalidade e legitimidade.
Os envolvidos na trama queriam
que o grupo apeado do poder pela Justiça, no final do mês passado, por prática
de corrupção, retornasse ao comando da entidade cuja gestão do presidente
afastado Amadeu Rodrigues foi responsável por sujar a imagem da mesma e do
futebol paraibano. Durante a teratológica "reunião" foram eleitos
como membros da "junta administrativa" Arthur Ferreira e Eduardo
Faustino Diniz, que até ensaiaram ir tomar posse mas vendo que a armação
encenada não perduraria por muito tempo logo seriam desmascarados.
Num dos trechos da ação criminal,
diz que o edital de convocação da assembleia geral dos clubes filiados à
federação publicados no jornal A União dia 07.07.2018 é de conteúdo
"nocivo ao bem público" cuja faceta criminosa foi idealizada pelos
"representados" com objetivo de destituir Nosman do cargo de
presidente da FPF "cujos atos preparatórios e antecedentes" serviram
de lastro para provável candidatura de Eduardo Araújo que usou a imprensa para
propagar seu nome como candidato a presidente da FPF, sendo este pessoa de
confiança do ex-presidente Amadeu - afastado por corrupção cujos fatos foram
comprovados através de procedimento criminal apurado pelo Gaeco do Ministério
Público.
Porém, na referida publicação
aparece em nome da federação Marcílio de Lima Braz assinando o edital de
convocação, sem essa prerrogativa cujo ato só poderia ser efetivado pelo
presidente (art. 32 da norma estatutária). A ação diz que contaram, ainda, os
representados com a ajuda de Ademário Costa (atual diretor de Registro e
Transferência da FPF), pasmem, sem ser pessoa habilitada votou em sessão aberta
na referida reunião indevidamente realizada no dia 16.07.2018 e "falseando
a verdade", diz os autos do processo, se intitulou representante legal da
Agremiação Desportiva União, quando na realidade nenhum vinculo detém com a
referida entidade desportiva, e de tudo sabendo o "increpado"
Wallteau Rodrigues - que secretariou os trabalhos.
Com efeito, diz os autos do
processo, Ademário ainda colocou seu nome em votação fraudulenta para assumir
interinamente a federação que pela prerrogativa da função exercida na mesma era
impedido de exercer qualquer outro cargo ou função (art. 16 da norma
estatutária). Com efeito, a frente de toda articulação criminosa está o
increpado Amadeu Rodrigues, afastado pela Justiça por corrupção na FPF, em
30.06.2018 em entrevista ao Jornal Correio da Paraíba prescreveu o anúncio da
antecipação da eleição na federação [cujo mandato atual só se encerra em
dezembro próximo).
Na ata de convocação da referida
assembleia verifica-se apenas 26 assinaturas de entidades filiadas, cujos
"representantes" naquele documento, em alguns casos, não se trata de
seus respectivos legais. Esse número, ainda que a regularidade de representação
de todos fosse atestada, é muito inferior ao necessário para convocação de
antecipação da eleição que requer a presença de 47 filiados (art. 21 da norma
estatutária). O que evidencia um conluio dessas pessoas que de maneira
autoritária e ditatorial buscavam a destituição do presidente atual - eleito
democrática e legitimamente em 2014 como vice-presidente, que acabara de assumir
a presidência em virtude de decisão judicial que afastou seu antecessor.
Nosman Barreiro continua na
Presidência da Federação Paraibana de Futebol (FPF) e segue desenvolvendo seu
trabalho focando o zelo e cuidado com a federação. Na ação criminal que moveu
contra o grupo por formação de organização criminosa, encontra-se arrolados
como testemunhas Antônio Marcos Souto Maior Filho, Marcos Lima e todos os
representantes de clubes identificados na ata fraudulenta realizada em
16-07-2018.
RP