Aumenta para 38 nº de pessoas que morreram depois de contrair chikungunya em Itaporanga

Aumentou para 38 o número de pessoas, a maioria idosos, que morreram nos últimos seis meses em Itaporanga, depois de contrair a chikungunya, uma das doenças virais transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, que já contaminou mais de 80% da população urbana local.
                
Muitas pessoas, embora tenham sobrevivido à doença, ainda carregam sequelas da virose, mesmo depois de meses. Dores constantes, queda de cabelo, desânimo, fraqueza física e baixa imunidade são alguns dos problemas dos quais muita gente não consegue se livrar. Centenas de trabalhadores passaram ou estão há dias parados em razão da doença, e há casos em que toda a família adoeceu: pai, mãe e filhos, gerando um grande sofrimento.

                
Subnotificada em função da incompetência e irresponsabilidade do serviço público de saúde, a doença e seus contaminados e mortos não aparecem no Boletim Epidemiológico, ou seja, para os poderes públicos municipal e estadual é como se não estivesse acontecendo nada. Autoridades judiciárias e o Conselho Regional de Medicina (CRM) também estão omissos.
                
Na tarde dessa quinta-feira, 21, mais uma idosa foi sepultada em Itaporanga: a viúva Maria Alves de Paulo, conhecida como Bibia, de 67 anos, faleceu na noite da quarta-feira, 20, no hospital distrital. Ela residia no conjunto Chagas Soares e não tinha filhos.
                
Segundo familiares, a idosa tinha uma saúde boa, mas, depois que contraiu a chikungunya, há cerca de dois meses, debilitou-se fisicamente e foi acometida por uma diabetes, doença que nunca tinha se manifestado antes na mulher, conforme atestam exames preventivos, mas surgiu repentinamente e violenta. Depois de vários dias hospitalizada entre Itaporanga e Patos, Maria não resistiu. 

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