“R$ 0,85 é quanto o Governo acha que está valendo a saúde do paraibano”, afirma Dinaldinho
Pesquisa aponta que Paraíba é vice-campeã de falta de
investimentos em saúde no Nordeste e também está entre os quatro piores estados
do País.
O deputado estadual Dinaldinho (PSDB) afirmou nesta
quarta-feira (02) que, infelizmente, não ficou surpreso com a divulgação do
ranking de investimentos em saúde de estados e municípios, mostrando a Paraíba
em penúltimo lugar no Nordeste. Realizada pelo Conselho Federal de Medicina
(CFM), em parceria com a ONG Contas Abertas, a pesquisa revela que o Governo do
Estado investe apenas R$ 0,85 ao dia, na saúde de cada habitante.
No Nordeste, a Paraíba ganha apenas para o Maranhão, que
destina R$ 0,77 por habitante/dia. Em relação ao resto do País, o Estado fica
entre os quatro com o pior investimento na área.
“O governo Ricardo Coutinho piorou a saúde do paraibano.
Nossos hospitais estão sucateados, superlotados e sem condições de realizar
exames básicos, chegando a faltar até soro fisiológico. É esta a realidade que
presenciamos diariamente”, critica Dinaldinho.
De acordo com o deputado, a precarização da rede de saúde
pública estadual é resultado da falta de prioridade do governo em cuidar da
população. “Estes irrisórios R$ 0,85 investidos em cada habitante, e que nos
coloca entre os piores estados do País, mostram o valor que Ricardo Coutinho dá
à saúde do povo da Paraíba. Enquanto isto, ele tem se preocupado apenas com as
próximas eleições”, afirma.
Para ilustrar o caos na saúde pública paraibana, o
parlamentar cita como exemplos a superlotação histórica do Hospital de
Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena e a falta de médicos e enfermeiros
no hospital Edson Ramalho, ambos localizados em João Pessoa.
Segundo Dinaldinho, a notícia do baixíssimo investimento na
saúde chega num momento em que o Estado está desafiado a enfrentar uma severa
tríplice epidemia, causada pelo mosquito aedes aegypty, com mães e bebês
enfrentando problemas como os da microcefalia. “Se a rede estadual não está
preparada para atender a demandas permanentes da população, como assistência
cardiológica e traumatológica, imagine tratar adequadamente um problema tão
novo como este”, observa.
O deputado aponta que outra face cruel do baixo investimento
na saúde por parte do Governo Estadual é a péssima condição de trabalho
enfrentada pelos médicos e outros profissionais da rede pública, com longas
jornadas e uma estrutura precária para o atendimento. “Tem paciente sendo
atendido no improviso, no meio do corredor. A pesquisa escancara um modelo de
gestão que prioriza o supérfluo e ignora o essencial. É esse o jeito PSB de
governar?”, indaga.
Assessoria