População reclama da ausência de representante do Ministério Público em Conceição

Desde a saída do promotor Ernani Lucas, a cidade de Conceição não tem um representante do Ministério Público.

O fato preocupa a toda a população e deixa a cidade órfã de um poder importantíssimo no combate à criminalidade, que se alastra assustadoramente na região, que compreende a Comarca.

Ernani Lucas, que vinha acompanhando os problemas existentes na Comarca e exercendo um papel importante em uma possível solução, foi transferido, recentemente, para a Promotoria da cidade de Princesa Isabel (PB).

Com isso, praticamente, tudo parou na Comarca de Conceição.

O problema preocupa também o juiz da Comarca, Antonio Eugênio, que fica impotente, diante da quantidade de processos parados. Dois promotores de Comarcas de Primeira entrância foram designados para substituir o promotor anterior, porém o atendimento ao público passou a não mais existir, além do acompanhamento diário dos problemas que ocorrem na Comarca. Segundo o juiz, várias audiências acabam sendo adiadas, pela ausência de um representante do Ministério Público.

“Eu não sei qual será a dimensão da coisa. A Comarca está quase parada e nós estamos impotentes, diante do grau dessa problemática. É inadmissível que uma Comarca com uma dimensão de problemas como esta, esteja órfã de um representante titular do Ministério Público”, ressaltou Antonio Eugênio.

Entretanto, o juiz informou que já fez um reclame verbal junto ao Tribunal de Justiça do Estado e vai levar o problema e pedir uma solução imediata, através de ofício, ainda esta semana.

Outra grande preocupação do juiz Antonio Eugênio diz respeito ao pequeno contingente de agentes da polícia civil na cidade, que segundo ele, fragiliza as investigações e dificulta na conclusão de inquéritos, que muitas vezes, chegam ao fórum sem as provas necessárias para possíveis condenações de criminosos. “ Este é um dos grandes problemas da nossa Comarca. O baixo número de agentes não permite a eficácia da investigação e o delegado não consegue as provas cabais, inexistentes de dúvidas, para que possamos condenar os criminosos. Sem isso, todo trabalho fica prejudicado e o crime impera. Desde que assumi a Comarca nenhuma apreensão de drogas foi realizada na cidade. Isso é decorrentes da falta de estrutura das polícias, sobretudo, do pequeno número de agente da polícia civil. No entanto, eu vou exigir das autoridades que esse problema seja também solucionado, para que nós possamos diminuir o alto índice de criminalidade da Comarca, finalizou.

Por outro lado, a população reclama a ausência do representante do Ministério Público na cidade. Segundo um popular que não quis ter sua identidade revelada, a saída do promotor Ernani Lucas da cidade, ‘quebrou as pernas da população’, que enxerga no Ministério Público, o órgão capaz de solucionar problemas do dia a dia da população.

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