Júri condena professor que matou vereadora na cidade de Aguiar, no Vale do Piancó

O júri popular condenou o professor José Alberto Leite Ramalho a 18 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, como mandante do crime de emboscada e morte da então vereadora Aila Maria Lacerda Santos, fato acontecido no dia 24 de abril de 2003, na cidade de Aguiar, no Vale do Piancó paraibano.

O julgamento ocorreu na manhã dessa segunda-feira (17), no Fórum Afonso Campos, em Campina Grande.

A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz do 2º Tribunal do Júri da comarca de Campina Grande, Falkandre de Sousa Queiroz, que ouviu, no primeiro momento, as testemunhas de acusação e, em seguida, as de defesa.

O professor José Alberto é o terceiro envolvido no caso da morte da vereadora a ser julgado e condenado pela Justiça.O interrogatório de José Alberto durou mais de uma hora. Por questão de segurança, já que o crime teve muita repercussão local, o julgamento foi desaforado para a cidade de Campina Grande e fez parte da Semana Nacional do Tribunal do Júri.

O crime teve grande repercussão por que José Alberto é de família tradicional do Sertão paraibano, sendo irmão da juiza Maria de Fátima Ramalho, do médico Paulo Ramalho e do advogado José Horácio Ramalho Leite, que faleceu no final do último mês de janeiro.

O CRIME 
 
O crime ocorreu no dia 24 de abril de 2003, quando Aila Maria de Lacerda saia de sua casa, no sítio Abóbora, e foi morta a tiros. De acordo com denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Aila estava na garupa da moto quando foi abordada por Fabiano Matos de Farias e o Cabo PM Alexandre Magno Feliciano de Oliveira.

Segundo o MPE, foi Fabiano quem efetuou os primeiros disparos contra a vítima. Já Alexandre Magno, conforme consta na denúncia, teria disparado mais um tiro contra Aila, logo após a dupla ter liberado o condutor da moto.

No caso de José Alberto Leite Ramalho, o Ministério Público Estadual o acusa de dar cobertura à ação da dupla de moto em um veículo Fiat Uno Branco, que estava próximo ao local onde o crime ocorreu.

De acordo com o promotor do caso Osvaldo Lopes, a morte da vereadora foi motivada por questões políticas na Câmara Municipal de Aguiar. Osvaldo Lopes explica que o grupo político ao qual pertence a família Ramalho, que tem três pessoas acusadas de participação no crime, teria perdido a presidência da Casa Legislativa na época e a vereadora teria influenciado na eleição. 

Fonte: Assessoria
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