Artigo: Sua Majestade o Babão. Por Edlene bezerra

Toda repartição pública, empresa ou grupo social tem esse famoso personagem vivendo em nosso meio. Em uma breve análise, quem nunca esbarrou em um desses? Surgem desde o principio da humanidade. São parasitas que florescem na sombra de quem tem poder, brotam. Nós convivemos com eles no trabalho, escola, rua, em nossa família e etc. O legítimo babão transforma respeito em bajulação. Tudo que o chefe pedi ele faz, e quando ele não pedi..., ele se oferece pra fazer. Sempre chega antes de seu líder, e sempre vai embora depois. Na festinha de aniversário do chefe., é ele que puxa e anima o parabéns.Se for criticado ou desprezado, nunca desiste. Aumenta a adulação como forma compensatória. Usa sempre a famosa frase reveladora “sem querer ser babão!”, em seguida falando de algum concorrente direto ou pretenso concorrente na escala bajula tória.


Existem dois tipos de babão: primeiro é aquele que precisa de segurança, meio incompetente, grudento, pegajoso, mas é mais “manchete” que perigoso. O segundo tipo é aquele que usa a adulação, no intuito de se auto promover, ascender na escalada social, melhorar de emprego, melhor sua posição, pois tem cede do poder. Este é um babão mais sutil. Geralmente tem competência em seu trabalho e é inteligente. Aproveita-se da à proximidade com seu chefe para prejudicar a concorrência, ou aqueles que podem ameaçar a sua posição de babão. Este é um bajulador de carreira, sabe que é bajulador e se orgulha.

Não adianta falar mal do babão para seu chefe, pois ao criticá-lo você corre o risco de passar por invejoso. Grande parte dos chefes e líderes adoram bajuladores. Caso não gostassem, o cargo de babão já teria sido extinto. Ao conversar com um babão, nunca revele detalhes da sua vida pessoal, nunca critique sua empresa ou o chefe dele. Algum dia certamente ele usará o que você tiver dito a favor dele, contra você. Babão de verdade se adapta em qualquer situação, ele não acaba, não sofre solução de continuidade, e o que é pior o bajulador de hoje poderá ser o " bajulado" de amanhã. Portanto, o mais sensato é conviver com eles de boca fechada e com os olhos abertos.

Texto – Edlene Bezerra - Comunicóloga e jornalista

Imagem Ilustrativa - Google Brasil.
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