Falta de uma unidade de bombeiros no Vale do Piancó é um risco para a segurança regional

No momento em que o país revê e aprimora os mecanismos e agentes de segurança nos estabelecimentos de aglomeração pública, depois da tragédia de Santa Maria (RS), nada mudou no Vale e a omissão do governo estadual com relação ao tema é criminosa. As Prefeituras parecem também alheias ao problema.

Na região ainda falta o essencial para evitar mortes ou qualquer outro tipo de prejuízo por fogo, água ou outro tipo de tragédia: o Vale não tem, sequer, uma unidade do corpo de bombeiros, apesar de ser uma região cheia de fábricas, clubes festivos, grandes eventos públicos e muitos reservatórios d’água, onde muitas pessoas morreram afogadas nos últimos dez anos, algumas delas por falta de socorro dos bombeiros.

Itaporanga, a maior cidade regional, concentra grande parte dos empreendimentos fabris regionais, um estádio que sedia futebol profissional, grandes concentrações públicas como São Pedro e 9 de janeiro, e inúmeros prédios comerciais e festivos, mas o corpo de bombeiros mais próximo fica a 110 quilômetros.

Constantemente na região, ocorrem incêndios em residências e automóveis em área urbana, como recentemente em Itaporanga; os acidentes com motoristas presos às ferragens também; e os afogamentos também são frequentes, e muitas perdas humanas ou materiais poderiam ser evitadas se a região tivesse um corpo de bombeiros.

A expansão das unidades de bombeiros depende do governo estadual, mas, apesar de ser uma reivindicação antiga da região, até agora nada foi resolvido. “Já ocorreu muitas mortes por aqui por falta do socorro dos bombeiros, mas, somente quando ocorrer uma tragédia terrível, é que vão tomar alguma providência”, lamentou um cidadão regional.


Folha do Vali
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