Família se reúne para inauguração do Memorial Soares Madruga em Itaporanga

(Evento de inauguração do Memorial Soares Madrugo).

O evento que marcou a inauguração do Memorial Soares Madruga aconteceu no último sábado (08) na fazenda Cardoso dos Soares, localizada a 24 km do município de Itaporanga.

Na ocasião estiveram presentes representantes da tradicional família, em um dia de confraternização e muita saudade. O memorial Soares Madruga foi uma idealização do seu irmão, o médico Paulo Soares, e contou com a participação dos outros dois irmãos do ex-deputado, Ritinha e Geraldo.

(Irmãos Geraldo, Ritinha e Paulo Soares).

(Aninha e Ana Paula, neta e filha do ex-deputado Madruga, Terezinha Soares e Antonio Ribeiro, tios).

O Memorial funciona na tradicional casa da fazenda, uma das heranças da família deixada por Francisco das Chagas Soares, desde os anos de 1900, e conservada como patrimônio até os dias de hoje.
No acervo da família consta uma diversidade de arquivos fotográficos de três gerações da família Soares, em especial da história política do saudoso Soares Madruga.

(Foto do acervo da família)

Durante o evento, os três irmãos do ex-deputado deram seus depoimentos e leram um texto (abaixo) sobre a vida de Francisco das Chagas Soares, o patriarca da família.

FRANCISCO DAS CHAGAS SOARES – Sua história de vida
Nasceu no dia 11 de fevereiro de 1902, na cidade de Patos, alto sertão paraibano.
Foram seus pais: Manoel de Pontes e Maria Soares de Pontes.
Perdeu seu pai aos cinco (5) anos de idade e sua mãe Maria com seus filhos: Joana, lica, Inácio, Chagas, Alexandrina e João, passaram a viver sob a proteção do seu pai e avô, o patriarca Major João Soares (Papai velho).
Em 1911, o velho João adquiriu por compra e venda, a Fazenda CARDOSO, que ainda hoje continua sendo patrimônio da família SOARES.
Chegando ao Sítio Cardoso e de posse da terra, a família começou os trabalhos na agricultura sob a orientação do seu  pai e avô, homem enérgico e de personalidade marcante.
CHAGAS SOARES em 1915, aos 13 anos de idade, começou a trabalhar como agricultor para ajudar nas despesas de casa.
Poucos anos depois, com muito sacrifício e ajudado pelo avô, conseguiu entrar no comércio, no ramo de tecidos.
Com seus tinos administrativos e comerciais, mascateava pelos municípios circunvizinhos, tornando-se amigo da população dos municípios por onde comercializava.
Em 21 de dezembro de 1928, casou-se com dona Ana Loureiro Soares (Yaiá), com quem teve seis (6) filhos: Diva, Madruga, Antônio, Rita, Paulo e Geraldo.
Em 1940, seu avô Major João Soares morreu no Cardoso com 97 anos de idade.
Dois ano depois (1942), pensando na educação dos seus filhos, resolveu morar em misericórdia, hoje Itaporanga.
Continuou com suas atividades na agricultura e no comércio.
Como agricultor, fez muitos campos de experimento de algodão, orientado pelos engenheiros da Fazenda Veludo e da EMATER.
Em Itaporanga, foi alto comerciante no ramo dos tecidos.
Homem de fé inabalável, ia com a família às missas dominicais e às demais cerimônias religiosas. Participava das festas alusivas à Paróquia e trabalhou muito em campanhas filantrópicas em companhia dos párocos, seus amigos e admiradores.
Foi militante político, homem de caráter, conquistou grandes amizades com sua lealdade e fidelidade partidárias.
Em 1960, foi eleito Vice-Prefeito de Itaporanga, na chapa eleitoral encabeçada por Dr. Francisco Clementino de Carvalho.
Chegou a assumir a Prefeitura, período em que se envolveu com problemas do município, mas procurando resolvê-lhos sempre tudo a contento.
Destacou-se como Presidente do Partido Trabalista Brasileiro (PTB).
Como político, levou seu filho Soares Madruga a se candidatar em 1974 para Deputado Estadual. Foi articulador político da campanha de Madruga.
Neste mesmo período, no mês de julho/74, ainda no hospital, que acabara de passar por uma cirurgia, recebeu emocionado Paulo e Idalva que acabaram de se casar e foram pedir a bênção ao pai, que entre lágrimas e risos os abençou, rezou e pediu a Deus pela felicidade do casal.
Faleceu em João pessoa ao 72 anos, no dia 23 de novembro de 1974, poucos dias depois da eleição de madruga.
Horas antes de morrer viu recompensado o seu trabalho, com a vitória do filho Madruga, eleito Deputado Estadual. Ao receber a notícia do resultado das urnas, deixou transparecer em seu semblante a alegria e a certeza do dever cumprido.
Deixou seis filhos e onze netos. Foi sepultado na cidade de Itaporanga, terra que tanto amava e dela se orgulhava.

Fonte: portalpedrabonita
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