Religiosos ameaçados: investigações apontam envolvimento de ex-seminaristas que seriam gays

Três ex-seminaristas e uma pessoa próxima ao bispo Dom José Gonsalez Alonso. Esses são os suspeitos a que chegaram os investigadores das ameaças sofridas por religiosos do município de Cajazeiras, entre eles seis padres e o próprio bispo Dom Alonso.

De acordo com o comandante do 6º Batalhão de Polícia, Major Ronildo, as ameaças começaram logo após a expulsão dos três ex-seminaristas por mal comportamento.

Comentários que surgiram na Cidade, que não foram confirmados por Major Ronildo, no entanto revelam que os três teriam sido expulsos após a descoberta de homossexualidade entre eles. A expulsão teria sido feita por Dom Alonso após a confissão de um deles, que é conhecido como Joãozinho.

O Major revelou ainda que as investigações estão apontando que pode existir uma pessoa muito próxima ao bispo envolvida nos crimes, porque há informações nas ameaças que somente quem estivesse muito próximo a Dom Alonso saberia.

Eles serão chamados para depor em data ainda a ser marcada pelo delegado que está investigando o caso, Antõnio Luiz Barbosa Neto. Ontem, o delegado ouviu o Dom Alonso e recebeu detalhes das denúncias encaminhadas.


O comandante do 6º BPM revelou que o bispo e os padres receberam mais de 700 emails e torpedos com ameaças e tentativa de extorsão que chegam desde 2007.

As ameaças mais recentes aconteceram no mês de janeiro deste ano, enviadas por emails em que o chantagista diz que irá matar 15 padres durante o evento de ordenação deles e depois iria cometer suicídio.

O evento aconteceu no mesmo mês sem nenhum incidente, mas o chantagista voltou a corresponder-se dizendo que tinha desistido do crime por respeito aos novos padres, mas que não iria desistir.

O chantagista voltou a mandar emails dizendo que não adiantava as vítimas acionarem a Polícia porque tudo que ele usava, emails e chips dos celulares seriam de pessoas fictícias.

Major Ronildo disse que, rastreados, os chips usados pelo criminoso indicaram registros da Paraíba, Brasília, Rio Grande do Norte e Minas Gerais.

Em um dos muitos emails registrados, o criminoso tenta extorquir dinheiro dizendo que tinha preço para ficar calado, pede R$ 50 mil e dá o número de uma conta de Minas Gerais.

O bispo Dom Alonso rejeitou proteção policial, mas o Major Ronildo disse que mesmo assim reforçou as rondas policiais ao Palácio Episcopal, ao Centro Pastoral onde residem os padres e à sede do Seminário.


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