Maranhão admite que desejo era ter vice de CG e que cedeu à pressão do PT
O governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), não fez segredo sobre a frustração de seu desejo de ter um vice de Campina Grande na chapa com a qual concorrerá á reeleição. Em entrevista à Rede Paraíba Sat, ele deixou claro que teve que ceder às pressões exercidas pelo PT, dando espaço para que Rodrigo Soares fosse seu companheiro de chapa:
- Sempre desejei prestar essa homenagem ao povo de Campina Grande, mas José Américo de Almeida dizia que a política é a arte dos possíveis. Só se faz o que é possível. Nossa primeira opção era Veneziano. Depois, veio Vitalzinho. Mas, surgiu um problema na relação com o PT e Vital cedeu o lugar ao PT.
Segundo ele, houve realmente um acordo com a cúpula petista para que a presidenciável Dilma Rousseff apenas suba no palanque de Maranhão na Paraíba:
- Existe, sim. É absolutamente normal. Afinal de contas, a aliança do PT da Paraíba é com o PMDB. Numa eleição proporcional, você pode apoiar 20 candidatos simultaneamente, mas na majoritária, você tem que apoiar um. E quem apóia dois, não apóia nenhum. Mas, não estou preocupado com isso porque todo cidadão sabe que nós temos uma relação política muito forte com o presidente Lula e com o PT.
O governador negou que tenha pedido ao presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, que intercedesse em relação às críticas que o deputado federal Luiz Couto vem fazendo ao Governo Maranhão III:
- Eu não reivindiquei isso de Dutra. Isso não faz meu gênero. Especialmente quando o cidadão age com o grau de açodamento e desequilíbrio que Luiz Couto agiu. Eu simplesmente ignorei as posição dele. Nunca lhe dei qualquer resposta. Não gosto de jogar com baixarias. É claro que comentamos, eu e José Dutra, as posições de todos, inclusive de Couto, mas não pedi nada. Ao contrário, disse que deixasse ele escolher que caminho quisesse. Eu tenho certeza que a maioria do PT da Paraíba está unido em torno do grande projeto nacional.
Finalmente, ele disse que ainda espera fechar o acordo com PP e PDT para seu projeto de reeleição e admitiu que as conversas mantidas com ambas as legendas pelo pré-candidato do PSB têm atrapalhado seus planos:
- Prometeram o mesmo cargo a três ou quatro lideranças e é isso que está causando dificuldades a eles. Prometeram a duas mulheres. Estamos vivendo a força da mulher no século 21 e seria até uma jogada de mestre se botassem uma mulher lá. Não sei se vão botar.
As duas mulheres às quais o governador se referiu indiretamente são a vereadora Daniella Ribeiro (PP) e a médica Lígia Feliciano (PDT).
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