Tesoureiro do PT recolhia propina que abasteceu mensalão, diz revista Veja de hoje
Reportagem publicada neste fim de semana pela revista “Veja” afirma que o secretário nacional de Finanças do PT, João Vaccari Neto, participava de suposto esquema de arrecadação de propina para abastecer o mensalão, no primeiro mandato do governo Lula.
Vacarri está atualmente no centro de investigação do Ministério Público estadual de São Paulo sobre o suposto desvio de mais de R$ 100 milhões da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para financiar campanhas do PT. Ele é ex-presidente da cooperativa e assumiu recentemente o posto de tesoureiro do partido.
De acordo com a "Veja", Vaccari era peça "fundamental" para arrecadação de dinheiro no partido entre 2003 e 2004, verba que teria sido utilizada no esquema de pagamento a parlamentares da base aliada para que votassem a favor do governo.
No esquema, que ficou conhecido como mensalão, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra os envolvidos e a Justiça abriu a ação penal em 2007. Atualmente, 39 pessoas são rés em processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).Vaccari não está entre os acusados.
Conforme a revista, Vaccari tinha paralelamente à função de administrador da Bancoop, o cargo informal de cuidar da relação entre o partido e os fundos de pensão de estatais e bancos. A revista diz que uma investigação sigilosa da Procuradoria-Geral da República mostra que ele cobrava propina de 12% para intermediar negócios entre empresas e os fundos de pensão.
Quem teria fornecido à Procuradoria a informação sobre o envolvimento de Vaccari com o mensalão foi o corretor de câmbio Lúcio Bologna Funaro, acusado de envolvimento com mensalão e também um dos investigados na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, que morreu no fim do ano passado.
Segundo a "Veja", Funaro fez acordo de delação premiada com a Procuradoria da República em 2005. O corretor teria prestado cinco depoimentos ao MPF e disse que Vaccari agiria sob o comando do ex-ministro José Dirceu.
Citados na reportagem
Em nota divulgada na tarde deste sábado (13), Vaccari afirmou que a denúncia da "Veja" "visa influenciar o processo eleitoral deste ano". "Trata-se novamente de matéria sem fundamento ou provas como outras dessa revista que tem como objetivo atacar sistematicamente o PT, visando influenciar o processo eleitoral deste ano", disse por meio de nota.
Vacarri diz ainda que o depoimento de Funaro ao MPF "não é verdadeiro" e que a Procuradoria não considerou a acusação como consistente.
"As acusações desta semana se baseiam exclusivamente em depoimento cujo conteúdo não é verdadeiro, que teria sido prestado em 2005 pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, buscando se beneficiar de delação premiada. O Ministério Público Federal, a quem foi prestado o depoimento, não considerou as acusações minimamente consistentes, tendo em vista que não houve qualquer desdobramento em relação a mim. Passados cinco anos, nunca fui chamado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público Federal. Nem mesmo fui informado da existência ou do teor desse depoimento. O Ministério Público não propôs ação contra mim. Nenhuma denúncia foi apresentada", afirma a nota assinada pelo tesoureiro.
O advogado de José Dirceu no processo do mensalão José Luiz de Oliveira Lima disse ao G1 que é "no mínimo estranho" que a ‘Veja’ utilize o depoimento cinco anos do ocorrido. "Primeiro é no mínimo estranho que no depoimento prestado em 2005, analisado pelo Ministério Público Federal e de conhecimento deste corpo de advogados, venha a ser utilizado pela matéria da Veja cinco anos depois e às vésperas das eleições presidenciais."
Lima disse ainda que Dirceu nunca teve relações com Funaro. "O ministro José Dirceu não teve, jamais, nenhum contato com Funaro e nem nunca foi apresentado a ele. A demonstração clara de que a fala desse senhor não merece crédito é que não foi utilizada pelo MPF quando se ofereceu a denúncia."
Beatriz Catta Preta, advogada de Lúcio Funaro, afirmou à reportagem do G1 que seu cliente está viajando e que não teria como confirmar o teor e a veracidade das informações da reportagem. Ela afirmou que quem deve se pronunciar é a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público Federal do Paraná, onde, segundo a Veja, também havia investigação sobre o suposto envolvimento de Vaccari com o mensalão.
Vacarri está atualmente no centro de investigação do Ministério Público estadual de São Paulo sobre o suposto desvio de mais de R$ 100 milhões da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para financiar campanhas do PT. Ele é ex-presidente da cooperativa e assumiu recentemente o posto de tesoureiro do partido.
De acordo com a "Veja", Vaccari era peça "fundamental" para arrecadação de dinheiro no partido entre 2003 e 2004, verba que teria sido utilizada no esquema de pagamento a parlamentares da base aliada para que votassem a favor do governo.
No esquema, que ficou conhecido como mensalão, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra os envolvidos e a Justiça abriu a ação penal em 2007. Atualmente, 39 pessoas são rés em processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).Vaccari não está entre os acusados.
Conforme a revista, Vaccari tinha paralelamente à função de administrador da Bancoop, o cargo informal de cuidar da relação entre o partido e os fundos de pensão de estatais e bancos. A revista diz que uma investigação sigilosa da Procuradoria-Geral da República mostra que ele cobrava propina de 12% para intermediar negócios entre empresas e os fundos de pensão.
Quem teria fornecido à Procuradoria a informação sobre o envolvimento de Vaccari com o mensalão foi o corretor de câmbio Lúcio Bologna Funaro, acusado de envolvimento com mensalão e também um dos investigados na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, que morreu no fim do ano passado.
Segundo a "Veja", Funaro fez acordo de delação premiada com a Procuradoria da República em 2005. O corretor teria prestado cinco depoimentos ao MPF e disse que Vaccari agiria sob o comando do ex-ministro José Dirceu.
Citados na reportagem
Em nota divulgada na tarde deste sábado (13), Vaccari afirmou que a denúncia da "Veja" "visa influenciar o processo eleitoral deste ano". "Trata-se novamente de matéria sem fundamento ou provas como outras dessa revista que tem como objetivo atacar sistematicamente o PT, visando influenciar o processo eleitoral deste ano", disse por meio de nota.
Vacarri diz ainda que o depoimento de Funaro ao MPF "não é verdadeiro" e que a Procuradoria não considerou a acusação como consistente.
"As acusações desta semana se baseiam exclusivamente em depoimento cujo conteúdo não é verdadeiro, que teria sido prestado em 2005 pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, buscando se beneficiar de delação premiada. O Ministério Público Federal, a quem foi prestado o depoimento, não considerou as acusações minimamente consistentes, tendo em vista que não houve qualquer desdobramento em relação a mim. Passados cinco anos, nunca fui chamado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público Federal. Nem mesmo fui informado da existência ou do teor desse depoimento. O Ministério Público não propôs ação contra mim. Nenhuma denúncia foi apresentada", afirma a nota assinada pelo tesoureiro.
O advogado de José Dirceu no processo do mensalão José Luiz de Oliveira Lima disse ao G1 que é "no mínimo estranho" que a ‘Veja’ utilize o depoimento cinco anos do ocorrido. "Primeiro é no mínimo estranho que no depoimento prestado em 2005, analisado pelo Ministério Público Federal e de conhecimento deste corpo de advogados, venha a ser utilizado pela matéria da Veja cinco anos depois e às vésperas das eleições presidenciais."
Lima disse ainda que Dirceu nunca teve relações com Funaro. "O ministro José Dirceu não teve, jamais, nenhum contato com Funaro e nem nunca foi apresentado a ele. A demonstração clara de que a fala desse senhor não merece crédito é que não foi utilizada pelo MPF quando se ofereceu a denúncia."
Beatriz Catta Preta, advogada de Lúcio Funaro, afirmou à reportagem do G1 que seu cliente está viajando e que não teria como confirmar o teor e a veracidade das informações da reportagem. Ela afirmou que quem deve se pronunciar é a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público Federal do Paraná, onde, segundo a Veja, também havia investigação sobre o suposto envolvimento de Vaccari com o mensalão.
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