Não se faz unidade sem a figura do agregador
A unidade das oposições, ou de qualquer outro bloco político, econômico e social, passa, entre tantos, por um elo fundamental. A figura do elo agregador. Além, claro, dos objetivos em comum. Mas a figura do elo agregador é imprescindível. E eis que as oposições na Paraíba encontram seu maior problema: o prefeito Ricardo Coutinho não é do ponto de vista político um exemplo de construção de unidades.
A não ser pela tendência. Dificilmente, pelo assédio.
Por ter apresentado bons desempenhos no início dos processos eleitorais de 2004 e, depois, em 2008, Ricardo sempre agregou por tabela. Queriam ficar com ele porque ele “iria ganhar”. A velha história da expectativa de poder.
Como o cenário em 2010 é diferente, visto que o adversário é um governador do Estado que tem significativa parcela do eleitorado, Ricardo se encontra num desafio. Tinha obrigação de ser agregador por natureza, mas sua natureza não deixa.
Tato, jogo de cintura, habilidade são requisitos que, numa campanha acirrada, saem da condição de secundários para ocupar espaço de relevância dentro do debate. É perigosa a transferência dessa missão para o ex-governador Cássio Cunha Lima. O candidato ao governo é Ricardo. E dele que a classe política espera afagos.
Soube, inclusive, de que o ex-governador Cássio Cunha Lima se esforçou, quando esteve recentemente em Brasília, para colocar Ricardo Coutinho no telefone com o presidente do PTB paraibano, Armando Abílio. Não se trata de dizer se Armando está certo ou não. Trata-se de agregar a todo custo.
Especialmente, repito, numa disputa acirrada.
Unidade que se faz pela força exige mais voto.
Luis Torres
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