Pedidos de impeachment contra Arruda devem ser lidos hoje no DF

Os pedidos de impeachment contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), devem ser lidos na sessão extraordinária da Câmara Legislativa do DF desta terça-feira (8).
Na última sexta, o presidente interino da Câmara, Cabo Patrício (PT), garantiu que haveria sessão nesta terça, depois de a sessão de quinta ser adiada por falta de quórum. Devem ser lidos dois pedidos de impeachment que já foram acatados pela Procuradoria da Câmara na semana passada: o do presidente do PT-DF, Chico Vigilante, e o do advogado Evilásio Viana dos Santos.
Os demais pedidos foram recusados por inconsistências jurídicas - eles foram feitos pelo PSOL, PT, PSB, CUT e Ordem dos Ministros Evangélicos do Gama. A Câmara também deve ler o pedido de impeachment protocolado pela OAB-DF ontem. A OAB também pede o impedimento do vice Paulo Octávio (DEM).
Antes de serem votados no plenário, os pedidos aceitos serão encaminhados à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois precisam da aprovação de 16 dos 24 deputados distritais. Arruda e o vice, além de deputados e secretários, são suspeitos de participar de esquema de pagamento de propinas no governo do Distrito Federal. Ontem, uma manobra do governador promete reforçar sua base na Câmara Legislativa e dificultar a análise dos pedidos.
Devem ser publicadas nesta terça-feira as exonerações da secretária de Desenvolvimento Social, Eliana Pedrosa (DEM), e do secretário de Habitação, Paulo Roriz (DEM). Os dois são distritais e reassumem suas vagas no Legislativo local. Reintegração Os pedidos de impeachment, entretanto, só devem ser lidos se os manifestantes que ocupam o plenário desde a semana passada saiam do local.
Ontem, após a reintegração de posse ser adiada pela Polícia Militar, uma nova decisão da Justiça, liberada às 19h, deu 24 horas para a desocupação ser realizada. O mandato de reintegração deve ser cumprido pela Secretaria de Segurança Pública - o não cumprimento pode resultar em crime de desobediência. Após as 24 horas, caberá à superintendência da Polícia Federal fazer a reintegração.
Os manifestantes invadiram a Câmara Legislativa do DF na quarta-feira (2) dizendo que não sairiam do local até que governador Arruda deixasse o cargo, assim como seus aliados que estariam supostamente envolvidos em um esquema de distribuição de propina denunciado pelo ex-secretario de Relações Institucionais Durval Barbosa.
Folha Online
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