Com queda do FPM, prefeito de São José de Caiana diz que haverá dificuldade até para pagar servidores

 

Manoel participou de um sessão na ALPB (Foto: Reprodução) 

O prefeito de São José de Caiana, Manoel Moleque, usou a tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba nesta quarta-feira (23) para falar sobre as dificuldades das Prefeituras com a redução do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Em pronunciamento, o gestor fez críticas ao recolhimento feito pelo Governo Federal e afirmou que, com a situação, até o pagamento dos servidores será comprometido após o dia 30 de agosto.

— Com a previsão que temos, vai ser contada a prefeitura que paga o salário de seus funcionários no dia 30 — disse.

Segundo Manoel, a edilidade que ele administra está há mais de um ano e meio sem receber emendas parlamentares e se encontra com um déficit de R$ 800 mil. — Para mandar um carro de São José de Caiana com um paciente para João Pessoa gasta 700 reais de combustível. Hoje eu tenho um saldo negativo na minha prefeitura de mais de 800 mil reais — afirmou.

O prefeito ainda revelou que ele e outros gestores “fecharam” as prefeituras há mais de dois meses, pois estão sem saldo para realizar demandas da população.

— Nós vamos fechar dia 30 no nome, mas fechamos há mais de 60 dias atrás, porque hoje nós não temos condições de ir dar uma cesta básica, de dar um remédio, um exame — enfatizou.

Além do caianense, vários outros gestores do estado estiveram no parlamento paraibano para cobrar soluções.

Protesto

Prefeitos de vários municípios da Paraíba farão uma mobilização na próxima quarta-feira (30) contra a redução do repasse do FPM. A ideia é paralisar os trabalhos das prefeituras, mantendo apenas os serviços essenciais, como forma de protesto.

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