Presidente da Câmara de Piancó se pronuncia sobre caso polêmico envolvendo vereadores
O presidente da Câmara Municipal de Piancó, José Luiz da Silva, se pronunciou oficialmente nessa sexta-feira (7) sobre a polêmica envolvendo ele e cinco vereadores da oposição, que ocorreu na última quinta-feira (6). O fato gerou bastante polêmica na região e em todo estado.
Conforme o chefe do executivo piancoense, sem haver sessão presencial, os parlamentares, trajados, entraram na Casa Legislativa e tomaram acentos como se fossem participar de um encontro, e ele teve que acionar a Polícia Militar para retirá-los, argumentando que invadiram o recinto, que por ora permanece fechado, com sessões ocorrendo exclusivamente por meio virtual devido à pandemia do coronavírus.
Em uma nota divulgada, José alegou que existe uma resolução de saúde que determina realizações de sessões por videoconferências nessa época de problema sanitário e por isso eles infligiram a lei. Ele afirmou também que não era horário de expediente e que os demais vereadores estavam em casa aguardando a sessão online.
"Na última quinta-feira (06/08), o Vereador Souzinha entrou em contato com o prestador de serviços que gerencia as transmissões das sessões por Videoconferência relatando que sua internet não tava boa e que iria se dirigir a Câmara de Vereadores para participar de lá, o que foi autorizado pelo Presidente da Casa, só que o funcionário abrindo a porta todos os componentes da bancada de Oposição entraram na sede da Câmara, e tomaram assento no plenário, todos trajados como se fossem participar de uma sessão presencial. (...) o que nos deixou estarrecidos foi o acessos as dependências da Câmara fora do horário de expediente, durante a noite, quando todos os demais colegas estavam em suas residências aguardando a sessão ser iniciada e todos serem surpreendidos com esse fato que envergonha a cidade e o parlamento", disse na nota.
Vereadores negam invasão
Os vereadores que se enolveram na polêmica negaram que houve qualquer tipo de invasão. Segundo o parlamentar mirim Pedro Aureliano, eles foram para o local unicamente para participar da videoconferência porque lá a internet é melhor e porque alguns deles tiveram problemas com a rede em casa.
Conforme ele, além de tudo ter sido combinado antes, a porta estava aberta, por isso não configura como invasão. “ A Câmara estava aberta, inclusive com a presença de funcionário e até de um vereador ligado ao prefeito, mas esse vereador saiu depois de receber uma ligação e, imediatamente após sua saída, chegou o presidente e a polícia, causando constrangimento a todos nós, dizendo que era ele quem mandava, como se fosse o dono da Câmara, chegando até a apagar a luz do recinto”, disse.