Movimentações indicam uma disputa bastante acirrada e eletrizante pela prefeitura de Itaporanga em 2020

Há truísmos sobre eleições. Por isso, cada qual tem sua história ainda que, na aparência, uma seja a "cara" da outra. A um ano e meio do pleito, os prefeitáveis em Itaporanga já começaram a se articular na montagem de exércitos e munições pra "guerra" que se aproxima. Nos bastidores, movimentação intensa e três nomes, à priori, já se destacam: o prefeito Divaldo Dantas, o ex-prefeito Audiberg Alves, os dois do PSB, e o ex-vereador Ricardo Pinto (MDB).

É verdade que outros nomes tentam se inserir no páreo, mas fatos levam a consistência dessas três frentes que protagonizarão uma disputa eletrizante. Se desenha nos bastidores um racha na base aliada do governo estadual tendo uma terceira via no encalço. Como em política nada se descarta, podem acabar no mesmo plano. Este é o cenário que o governador João Azevedo encontrará em Itaporanga, quando desembarcar na manhã desta sexta-feira (3) para um dia inteiro de extensa agenda na região.

Na Busca de Uma Marca
Sem ser mais uma novidade e levando sua gestão ao fim sem imprimir marca própria, Divaldo Dantas tem feito pouco além do que seus antecessores (Berguim e Djaci) deixaram. Mas, se engana quem pensa que ele tá fora do jogo. Pois, comanda a máquina e esta tem seus encanto$$$. E apesar de ter contado com o apoio do ex-governador Ricardo Coutinho e de Audiberg Alves, tem no ex-prefeito seu principal obstáculo e, por isso, deve deixar o PSB.
Ser prefeito aliado do governo não garante a primazia da escolha. O então prefeito Djaci Brasileiro votou em Ricardo Coutinho (em 2010) que apoiou Berguim (vitorioso) em 2012, que havia votado em Zé Maranhão. Divaldo, sem contar mais com o apoio do vice-prefeito Herculano, aposta no deputado Tarciano pra catapultar sua postulação. Só que, assim como seus antecessores, pode perder tentando salvar sua base de vereadores.
Se desistir coloca na mesa a carta que tem na manga: Júnior Carnaúba, irmão do deputado. Aí deixa a tarefa pra Tarciano, limpa a prefeitura e encerra o mandato ileso.

O Novo como Terceira Via
Equidistante do embate Divaldo/Tarciano contra Berguim, no esquema governista, o ex-vereador Ricardo Pinto (MDB) tem sido abordado nas ruas da cidade com declarações de apoio a uma provável candidatura. Servidor público vai se transformando na terceira via capaz de sobressair numa campanha propositiva, focada na população mais carente. De posições firmes, centrado e bom trato, tem o que poucos políticos dispõe hoje em dia: Palavra!
Em 2016, pouco antes das convenções, numa reunião no apartamento de um empresário do ramo de construção, o então candidato Divaldo (que pediu a reunião) buscava o apoio de Djaci e este indicou Ricardo Pinto como vice, entretanto, despreendido de qualquer vaidade pessoal o ex-vereador recusou a oferta por entender que tinha outros planos em sua vida. Sem poder ser candidato, o ex-deputado acabou colocando o filho (Djaci Júnior) na disputa.
Contando, inicialmente, com forte apoio do senador José Maranhão, Ricardo Pinto deve ter também o apoio dos ex-prefeitos Zé Silvino e Djaci. Ciente de que não há vácuo em política, ele já caiu em campo para construir o projeto.

Lealdade ao Governo, Apesar de Apelos


Professor com doutorado, vereador em cinco mandatos, presidente da câmara e ex-prefeito, Audiberg Alves tem recebidos inúmeros apelos de aliados pra sair candidato. Em sendo, terá o apoio de Ricardo Coutinho e do governador João Azevedo em retribuição a sua lealdade ao grupo, como no pedido pra desistir em 2016 que aceitou, arregaçando as mangas pra eleger Divaldo. Mas, Berguim tem se mantido discreto e leal a decisão de Coutinho.


Embora, sua residência tenha se transformado em ponto de romaria de gente lhe hipotecando apoio. Uma constatação: sessenta por cento dos servidores municipais que votaram em Divaldo, estão hoje com Berguim. Sabendo disso, aliados do prefeito planejavam ver a câmara impedindo Berguim - que tem um resultado desfavorável do TCE pra ser votado em breve. Em vão, pois a câmara não faz isso, pelo contrário, o prefeito tem perdido apoio na Casa.


E se Berguim não for, teria uma carga (dama) na manga: sua esposa Naura Ney, atual secretária municipal, o que encheria de entusiasmo a família Ferreira pra entrar em campo.

Esse cenário promete ser uma eleição eletrizante. E não se descarta, é claro, uma junção de duas forças para enfrentar uma terceira. A preço de hoje inexistente porque os três postulantes principais estão ávidos pelo embate. E a população ansiosa pra ver projetos.... pelo menos!
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