RELACIONADA À EPIDEMIA VIRAL: Continua elevada mortandade de idosos no Vale do Piancó: 4 só nos últimos dias

Sob forte comoção dos filhos, viúva e demais familiares, foi sepultado no final da tarde dessa segunda-feira, 4, o corpo do ex-taxista Lourival Cabral da Silva, conhecido popularmente como Louro Pé de Galo, de 82 anos.
                
Ele residia na Rua Bruno Rodrigues Pita e deixa oito filhos e muitos netos. Seu Louro trabalhou por quase 40 anos como taxista em Itaporanga e tornou-se uma figura muito popular na cidade. Segundo uma filha do idoso, ele já estava bastante debilitado fisicamente e sofreu um ataque cardíaco, causa do óbito.

                
Já no domingo, 3, o sepultamento foi da idosa Alexandra Maria de Araújo, conhecida como Liosa Primo, de 78 anos. Ela residia na Bela Vista e era solteira. Segundo um sobrinho da aposentada, ela faleceu no dia anterior e não deixou filhos. Conforme ainda ele, a idosa, que já tinha problemas anteriores, apresentou sintomas da chikungunya, e vinha se recuperando da virose, mas teve um agravamento em seu quadro clínico e terminou não resistindo.
                
Na sexta-feira, 1º, o sepultamento foi da senhora Genir Lacerda de Paulo, de 90 anos, que viveu a maior parte da vida na Avenida Padre Lourenço. Viúva há cerca de 25 anos, a idosa era uma católica fervorosa, mas já não andava na Igreja em função de um problema físico. Ela deixa filhos, netos e bisnetos.
                
Segundo uma das filhas de dona Genir, a aposentada tinha alguns problemas de saúde em função da elevada idade. Sentiu dores e teve febre no último dia de vida. Ela foi levada ao hospital, mas terminou não resistindo.
                
Na quinta-feira, 31, a idosa falecida foi uma senhora conhecida como dona Brandina, de 90 anos, que deixa filhos e netos. Ela residia no sítio Pau Brasil, a cerca de 5,5 quilômetros da cidade. Não há informações detalhadas sobre as causas de morte.
                
É grande a mortandade de idosos em Itaporanga de fevereiro para cá. Em pouco mais de dois meses, foram cerca de três dezenas de óbitos de pessoas acima de 60 anos no município. A maior parte dos casos pode estar relacionada à epidemia viral que castiga a cidade pelo descontrole do mosquito aedes aegypti. Das 22 pessoas que faleceram nesse período depois de contraírem a doença viral, 19 eram idosas. Os números são assustadores considerando o tamanho da população e o curto período de tempo. O governo ignora o problema.

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