Em Itaporanga, milhares de estudantes podem estar consumindo água imprópria

                

Exames feitos em amostras d’água de alguns poços na zona urbana de Itaporanga indicam a presença excessiva de Coliformes Totais, um tipo de bactéria comum tanto na água superficial quanto subterrânea e que precisa de tratamento para ser consumida com segurança pela população, segundo informações do Laboratório de Análise de Água da Cagepa.

                  
No entanto, com o fim do abastecimento urbano pela seca do açude, há dois meses  e meio, a maior parte da população está consumindo água de poços públicos, e não há informação se em todos houve análise química e microbiológica para saber a condição de potabilidade dessa água. “Toda água bruta apresenta Coliformes Totais, e, nos casos onde essa contaminação está fora dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde, há um risco de se consumir essa água sem tratamento, mas uma dose de cloro ou a fervura antes de beber pode melhorar a qualidade dessa água e evitar doenças”, comentou um químico ouvido pelo jornal. No entanto, o risco maior é quando a água está contaminada pela bactéria Escherichia coli, geralmente originada nos intestinos de humanos e animais e que pode contaminar cursos d’águas próximos a esgotos.
                
Hoje em Itaporanga, milhares de estudantes, a maior parte formada por crianças e adolescentes, da rede municipal e estadual de ensino, estão consumindo água de poços, mas diretores, professores nem os próprios estudantes sabem que tipo de água estão bebendo. A obrigação pela feitura dessa análise seria do poder público municipal ou estadual. A falta de potabilidade pode ser um risco à saúde, principalmente de crianças.  
            
Duas grandes escolas estaduais, Adalgisa Teódulo e Professor Alencar, e uma municipal, Santa Mônica, estão consumindo água de um mesmo poço, que também serve a outras escolas por meio de carro-pipa. A Folha tentou saber se foi realizada análise na água e qual o resultado, mas não conseguiu informação. “Disseram que iriam fazer essa análise, mas acredito que não tenha sido feita”, comentou um gestor escolar de um dos estabelecimentos de ensino.

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