Injeção mal aplicada em criança no hospital estadual de Coremas gera hemorragia e muita revolta
O pescador Elenildo Januário, que
reside no Alto da Boa Vista, em Coremas, utilizou as redes sociais para
denunciar um mau procedimento no hospital Estevam Marinho que resultou em um
grave trauma físico e emocional em sua filha, uma criança de apenas dois anos,
que foi levada ao hospital por causa de uma enfermidade e saiu de lá com outra.
A publicação foi compartilhada por dezenas de pessoas, gerando uma grande
revolta na cidade.
Segundo Edlene da Silva Sousa,
mãe da menina, a criança foi levada ao hospital, que pertence ao governo
estadual, na última segunda-feira com febre alta proveniente possivelmente de
uma infecção de garganta. O médico prescreveu uma injeção de dipirona e a criança
foi levada à enfermaria, onde um técnico de enfermagem aplicou a injeção, mas o
procedimento foi mal feito. “Quando eu cheguei em casa e tirei a fralda da
criança, estava tudo ensopado de sangue, que não parava de sair, então corri
com ela novamente para o hospital, onde, graças a Deus e ao cirurgião, a
hemorragia parou, mas, se a providência não tivesse sido imediata, minha filha
teria morrido: a menina ficou com o bumbum todo roxo e muito assustada”,
comentou a mãe.
Conforme ainda a dona de casa, o
problema foi que a injeção, que deveria ter sido aplicada no músculo, atingiu
uma veia da criança, resultando na intensa hemorragia e muito sofrimento para a
menina. “Ela continua doente, inclusive com febre e a garganta inflamada, mas
eu não levo mais para aquele hospital”, disse revoltada a mulher. “O Hospital
Estevam Marinho de Coremas está em primeiro Lugar de carniceiros”, desabafou o
pai no Facebook, ao se queixar também da omissão das autoridades.
A família procurou a Polícia
Civil de Coremas e o delegado encaminhou a criança para exame de ofensa física,
mas tanto os médicos do hospital quanto os peritos do núcleo de medicina legal
recusaram-se em dar o laudo para tentar proteger seus colegas de medicina de um
possível processo criminal e ainda trataram mal a família. “A gente que é pobre
é tratada desse jeito”, desabafou a mãe, que pretende procurar o Ministério
Público. Não é a primeira vez que surgem denúncias sobre maus procedimentos no
hospital coremense. Imagem: pai publicou fraldas da criança cheias de sangue.
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