Neste 8 de Março, violência e pobreza ainda atingem milhares de mulheres em nosso Vale do Piancó
As mulheres são maioria na população e no eleitorado regional, mas a realidade
de grande parte delas é difícil e milhares por esse Vale afora não têm o que
comemorar neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.
Dificuldade de acesso a serviços especializados de saúde pública e falta de moradia própria são dois dos mais greves problemas que atingem as mulheres regionais, mas há outros: a falta de qualificação profissional, o desemprego e até a exclusão dos programas de transferência de renda: mesmo necessitadas e criando filho sozinhas, muitas estão fora do Bolsa Família.
Dificuldade de acesso a serviços especializados de saúde pública e falta de moradia própria são dois dos mais greves problemas que atingem as mulheres regionais, mas há outros: a falta de qualificação profissional, o desemprego e até a exclusão dos programas de transferência de renda: mesmo necessitadas e criando filho sozinhas, muitas estão fora do Bolsa Família.
Se a pobreza é uma realidade dura, a violência é outra igualmente grave: informações da Polícia Civil apontam que agressão contra a mulher é hoje o crime mais frequente na região. São inúmeras mulheres oprimidas e agredidas moral e fisicamente dentro de suas próprias casas por parte dos homens com os quais convivem.
Dependendo financeiramente dos maridos para viver e criar os filhos, muitas preferem apanhar caladas, mas, em muitos casos, as lesões são tão greves e covardes que chegam ao conhecimento da polícia. A Lei Maria da Penha endureceu as penas contra maridos agressores. No entanto, sem amparo e sem apoio do poder público para sobreviver, as mulheres terminam se reconciliando com seus companheiros por não terem condições de criar os filhos sozinhas. Por isso também é grande o número de casos reincidentes de violência.
Além da questão penal, lei prevê a instalação de abrigos para mulheres vítimas da violência dos seus companheiros e que não têm para onde ir, mas nenhuma casa de apoio à mulher funciona na região. Com isso, agressor e vítima terminam quase sempre sob o mesmo teto, e as agressões continuam. Há dois telefones para denunciar agressão contra a mulher: o 180 e o 190.
folhadovali.com.br