Prefeitura de Conceição rejeita profissional do Mais Médicos e gera polêmica na cidade

Na sessão desta segunda-feira, 30, da Câmara de Conceição, foi aprovado um requerimento do vereador Vicente Ramos (foto) pedindo à Prefeitura explicações sobre a rejeição ao dr. Geraldo Soares Guedes, que foi designado pelo programa federal Mais Médicos para atuar no município, mas não aceito pela Secretaria Municipal de Saúde.

A decisão da Prefeitura é contraditória: o município cadastrou-se no programa federal exatamente pela necessidade de um médico, e teve a adesão do profissional, mas, quando ele apresentou-se para trabalhar, foi surpreendido pela informação de que não havia vaga disponível.

Constrangimento para o médico, prejuízo aos cofres municipais e à própria sociedade. Como o salário do profissional é bancado pelo Governo Federal, a Prefeitura iria economizar dinheiro e, melhor, disponibilizar mais um médico à população, mas não deu certo. Depois de exigir e receber uma declaração de dispensa, o dr. Geraldo denunciou o caso à Ouvidoria do programa e aguarda a investigação do caso, que teve forte repercussão na cidade.

O médico reside em Conceição e atuou no município durante a gestão municipal passada. Atualmente, ele trabalha no posto do Programa Saúde da Família do conjunto Chagas Soares, em Itaporanga.

O vereador Vicente Ramos quer saber por que a Prefeitura não aceitou o médico, e já supõe que a decisão do prefeito tem motivação política. “Só pode ter sido por motivo político porque alguns familiares do médico eram ligados politicamente à gestão anterior, mas isso não é justificativa para se prejudicar a população”, lamentou o parlamentar mirim.

Conforme Vicente, a Prefeitura tem tomado medidas prejudiciais à população, especialmente a pobre, e citou mais um exemplo: segundo o vereador, o setor de obras e urbanismo do município passou a exigir documentos de regularidade para toda e qualquer construção sob pena da suspensão da obra, atingindo até as mais simples reformas. “As pessoas quando reformam ou constroem qualquer vão em casa é com o maior sacrifício e não têm condições de cumprir as exigências da Prefeitura, até porque a maioria mora em áreas cedidas pelo poder público, mas não escrituradas”, comentou o parlamentar mirim, ao argumentar que “o que a Prefeitura deveria estar fazendo era regularizar essas moradias, e não exigir da população o que o próprio município não cumpre”.


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