ARTIGO: Por Dr. Alencar Filho: Compulsão Alimentar


O transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) foi descrito pela primeira vez nos anos 1950. Contudo, sua elevação à categoria diagnóstica apenas ocorreu em 1994. Trata-se de uma síndrome caracterizada por episódios recorrentes de compulsão alimentar, sem qualquer comportamento de compensação para evitar um possível ganho de peso. Incertezas quanto a seus parâmetros diagnósticos como caracterização da quantidade de alimentos ingeridos, duração de um episódio de comer compulsivo, ou mesmo o valor da perda de controle sobre a ingestão alimentar, tornam o diagnóstico atual cada vez mais difícil.

O comportamento alimentar no TCAP é caracterizado pela ingestão de grande quantidade de alimentos em um período de tempo delimitado (até duas horas), acompanhado da sensação de perda de controle sobre o quê ou o quanto se come. Para caracterizar o diagnóstico, esses episódios devem ocorrer pelo menos dois dias por semana nos últimos seis meses, associados a algumas características de perda de controle e não acompanhados de comportamentos compensatórios dirigidos para a perda de peso, ou seja, trocando em miúdos, é o comer por comer sem nenhuma forma subsequente de tentativas de uma perda calórica posterior. Além disso, a compulsão alimentar também é acompanhada por sentimentos de angústia subjetiva, incluindo vergonha, nojo e/ou culpa.


Alguns autores afirmam que um comedor compulsivo abrange no mínimo dois elementos: o subjetivo (a sensação de perda de controle) e o objetivo (a quantidade do consumo alimentar). Em termos dos componentes psicológicos do transtorno, os pacientes com TCAP possuem auto-estima mais baixa e preocupam-se mais com o peso e a forma física do que outros indivíduos que também possuem sobrepeso sem terem o transtorno .

De fato, o transtorno da compulsão alimentar periódica, como é conhecido atualmente, é uma síndrome do comportamento alimentar com características ainda incertas e às vezes conflitantes. O que fazer na suspeita de tal distúrbio?
Com certeza, o apoio de uma equipe multidisciplinar de saúde com ajuda principalmente de psiquiatra e endocrinologista seria o ponto inicial de tratamento e consequente sucesso terapêutico.

José Alencar Lima Filho

 - CRM 7835 inscrição PB -

Graduado pela faculdade de Ciências Médicas – CG

Médico plantonista da UPA-24H porte III – Campina Grande PB

Médico plantonista do Hospital Regional de Itabaiana PB

Selecionado pelo PROVAB do governo federal para médico de família em Vitória – PE     Região metropolitana do Recife

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