Conab desvia toneladas de Grãos já pagos e agricultores do Vale do Piancó se revoltam
Os agricultores da região do Vale
do Piancó estão revoltados com o desvio de aproximadamente 10 carretas de grãos
de milho cerca de 400 toneladas de milho já pagos. O milho comprado abaixo do
preço de mercado pelos criadores de gado e agricultores para minimizar a fome
do rebanho foi desviado e vendido para outras regiões do Estado.
Segundo informações do
agropecuarista José Geraldo Leite Mororó o milho chegou até a Conab de
Itaporanga, no entanto, imediatamente foi desviado para as regiões de Princesa
Izabel, Teixeira, Cajazeiras, Pombal, Souza, além de outras regiões.
Ainda com informações de José
Geraldo o milho desviado e vendido a outras regiões foi pago através de boletos
bancários pelos agricultores do Vale do Piancó. Causando ainda mais revolta aos
criadores. A Superintendência da Conab foi avisada do fato e pediu provas do
desvio das cargas.
Muitos agricultores que esperavam
pela carga de milho ficaram surpresos quando souberam do desvio da carga. Para
o criador João Biró diante da situação de seca que atravessa a região os
responsáveis devem ser punidos com rigidez para que o fato não se repita. Ele
disse que só resta esperar a outra remessa de milho que deve demorar a chegar e
com isso deixando o rebanho em uma situação extremante difícil já que as poucas
chuvas que caíram não foram suficientes para criar pasto no campo.
A revolta se alastrou em toda a
região e os agricultores esperam uma resposta do Governo do Estado sobre o
problema do desvio de mais de 400 toneladas de milho da Conab já compradas
pelos agricultores. Segundo José Geraldo Leite Mororó a Conab já foi informada
do desvio dos grãos, no entanto, até o momento nenhuma atitude foi tomada,
porém, o Órgão pediu provas do desvio para começar investigar o caso.
Alguns agricultores que já
pagaram o boleto bancário informaram que vão enviar cópias dos comprovantes ao
Ministério Público e autoridades responsáveis pelo setor agrícola do Estado.
Ascom com Informações de Joaquim Franklin