ARTIGO: Por que é tão fácil para os jovens adquirirem bebidas alcoólicas? Por Edlene Bezerra


O uso exagerado e indevido de bebidas alcoólicas é considerado um grave problema de saúde pública. O consumo de álcool pode ser advindo do estilo de vida atual, dos elevados níveis de estresse, de ansiedade, de baixa autoestima.

Os adolescentes começam a beber muito cedo. Essa prática se dá através da má influência de "amigos", e é impulsionada pela falta de rigidez nas leis impostas sobre o consumo de álcool entre menores de idade. Legais para o consumo, mais ainda sim drogas, as bebidas alcoólicas são uma porta de entrada para que os jovens comecem a também consumir outros entorpecentes.

Mas o mau exemplo que leva menores a consumir álcool livremente, não parte só de colegas, ou da própria família. Ao entrar em um bar ou em um restaurante, e solicitar uma bebida, muitos adolescentes não são indagados a apresentarem documentos de identificação que comprovem sua maioridade, esse fato denuncia a negligência dos donos dos estabelecimentos, que preferem apostar nas vendas e esquecem o cumprimento das leis.

A lei brasileira define como proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 1718 anos (Lei nº. 9.294, de 15 de julho de 1996), é prática comum o consumo de álcool pelos jovens, seja no ambiente domiciliar, em festas, ou mesmo em ambientes públicos. Isso demonstra que a sociedade como um todo adota atitudes paradoxais frente o alcoolismo e o adolescente. Por um lado, condena o abuso de álcool pelos jovens, mas é permissiva ao estimular o consumo de bebidas alcoólicas por meio de propagandas (PECHANSKY; SZOBOT; SCIVOLETTO, 2004).

Mas o que torna a bebida tão cativante aos olhos dos jovens? Talvez a falsa impressão de que seu consumo torna o indivíduo mais confiante e lhe atribui certa maturidade. Mas assim como as outras drogas, o álcool desenvolve dependência quando consumido de forma desmedrada, dessa forma, quanto mais cedo se inicia seu consumo maior a probabilidade do jovem desenvolver a dependência.

Mas quem viciou ou permitiu que viciassem os nossos jovens? Nós viciamos os nossos filhos nas drogas lícitas e depois infernizamos a nossa vida e muitas vezes acabamos com a vida deles, quando, simplesmente, agregam um “i” e passam a consumir as drogas ilícitas. A única diferença é um “i”.

Edlene Bezerra- Jornalista, comunicóloga e pós-graduanda em marketing político. 
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