ARTIGO: Por Dr. Alencar Filho: O mau humor crônico – o hilário sério problema

Todos os sábados o médico, José Alencar Lima Filho vai trazer alguns assuntos da área médica. Hoje, sábado, 02, ele fala sobre "O mau humor crônico - o hilário sério problema".

Dr. Alencar Filho é natural de Santana dos Garrotes e atua como médico na região do brejo Paraíbano e no estado do Pernambuco.

O mau humor crônico – o hilário sério problema

Todos, com raras exceções, já tiveram motivo para justificar o fato de se estar de mau humor ou entender o mau humor do próximo. Pois bem, há patologicamente algo que defina ou tente definir o mau humor crônico – a distimia. A psiquiatria explica o que seria parte de um traço de personalidade constituinte de cada indivíduo e relata que tal desequilíbrio seria ocasionado não só por deficiência de substâncias neurotransmissoras, como ocorre na depressão por exemplo, mas também por algo que seria particular do íntimo do ser humano e teria raízes genéticas.

O fato é que ninguém, previamente, reconhece que estaria entre o nicho patológico e reluta ou atrasa o devido tratamento. Mas qual seria o limite entre o patológico e o sadio? A resposta para tal requer autoavaliação assim como autocrítica para enfim procurar um clínico geral com vistas ao encaminhamento para o psiquiatra. Frequentar psiquiatra é coisa de louco? Claro que não!

Loucura é não procura-lo na vigência de algo que incomodaria ou pertubaria sua paz interior, afinal ansiedade generalizada, depressão e distimia afetam entre 5 e 10% da população mundial segundo informações da OMS (organização mundial de saúde).

É bem verdade que estejamos acostumados a conviver em meio a um cotidiano agressivo ao bem estar psicológico em virtude da luta pela sobrevivência da sociedade capitalista e por vezes não queiramos ou até mesmo não nos deixemos perceber a necessidade de ter um bom equilíbrio emocional para desenvolver atividades profissionais, pessoais e sociais. Trazer o problema para o âmbito familiar no intuito de compartilha-lo para melhor resolve-lo, seria o início do fim de tal. Volto a afirmar que a autocrítica é sadia e por fim necessária.

Longe de mim querer invadir o íntimo de cada um, mas sim, prestar informações pertinentes em relação a algo tão comum mas que pode ter contexto patológico inerente.  

    

José Alencar Lima Filho

 - CRM 7835 inscrição PB -

Graduado pela faculdade de Ciências Médicas – CG

Médico plantonista da UPA-24H porte III – Campina Grande PB

Médico plantonista do Hospital Regional de Itabaiana PB

Selecionado pelo PROVAB do governo federal para médico de família em Vitória – PE     Região metropolitana do Recife