INSS de Itaporanga está sem perito há 3 anos, acarretando grandes prejuízos aos segurados do Vale do Piancó
Há, pelo menos, três anos, a agência
regional do INSS de Itaporanga, que serve a 15 municípios do Vale e atende cerca
de 170 pessoas diariamente, sofre com a falta de um profissional imprescindível
para o deferimento de vários tipos de benefícios previdenciários: o perito
médico.
Mas nenhuma mobilização de nossos
agentes públicos foi feita para cobrar a solução do problema às instituições
superiores.
Sem esse profissional, responsável pelo
laudo que atesta a incapacidade ou não para o trabalho, em caso de doença ou
acidente, os segurados da região são encaminhados para fazer perícias médicas na
cidade de Patos, tendo que viajar mais de 100 km distância, gastando com
passagens caras e alimentação.
O Sintraf (Sindicato Regional dos
Trabalhadores da Agricultura Familiar) de Itaporanga tem acompanhado de perto o
sofrimento dos segurados da região pela falta de perito médico na agência local
e lutado para que um profissional seja designado para atuar exclusivamente na
cidade. Mas, até agora, a luta tem sido em vão.
Em 2010, quando ocorreu a primeira
solicitação à Gerência Executiva do INSS de Campina Grande, à qual está
vinculada a agência de Itaporanga, “fomos contemplados com dois peritos para
atender por mês toda a demanda, depois diminuiu em um por dois meses e já faz
anos que relaxou e não vem mais nenhum”, disse Manoel Osmindo, que é
vice-presidente do Sintraf.
O próprio sindicalista, que recebe um
benefício previdenciário por conta de um acidente de moto que sofreu no final do
ano passado, está sentindo na pele as consequências da falta de um perito médico
na agência itaporanguense. “Fui fazer a perícia para renovar o benefício, mas,
pela falta de perito, terei que ir a Patos novamente”, lamenta.
Cansado de tanto solicitar, sem êxito,
à Gerência de Campina um perito para Itaporanga, o Sintraf afirma que vai
continuar na luta, mas desta vez a cobrança será feita ao Ministério da
Previdência Nacional, em Brasília.
Folha do
Vali