Apesar dos problemas que enfrenta, prefeito Djaci ainda é o favorito para eleição deste ano

No auge de sua carreira política, o ex-prefeito Praxedes Pitanga disse certa vez que “A escada para subir ao poder em Itaporanga, eu guardo no muro lá de casa”. Não se pode dizer que Djaci Brasileiro é herdeiro político direto de Pitanga, mas, com relação à escada, não há dúvidas quanto ao quintal onde ela foi parar.

Djaci nunca encantou como deputado nem desencantou como prefeito, enfrentando atualmente muitos problemas administrativos, mas as urnas parecem estar sempre ao seu lado. A relação dele com o eleitor assemelha-se a uma arenga passional: como casalzinho apaixonado, brigam, brigam, brigam... Mas, na hora de separar os troços, tudo termina em um longo e reconciliador abraço. Aí, nem Freud nem Maquiavel explicam, mas não é difícil compreender o que ocorre.

As mãos que até hoje não construíram grandes nem importantes obras são as mesmas que assinaram milhares de receitas médicas, que fizeram centenas de cirurgias e prestaram incontáveis favores e assistências pessoais e individuais nos últimos 30 anos. E essa é uma máquina poderosa para fabricar voto em uma região onde os pobres de pão e de consciência estão misturados do centro à periferia: o sujeito poder viver em uma rua com a lama dando na canela ou não ter uma saúde pública que preste ou não ter uma escola municipal boa para o filho ou não ter água na torneira ou não ter, sequer, um matadouro para abater um borrego, mas o político resolvendo seu problema pessoal (uma conta, um emprego, uma gratificação, uma bolsa de estudo ou de qualquer coisa, uma feira, um remédio, uma viagem, uma receita), o apoio eleitoral está garantido.

Mas não é somente o pobre que usufrui desse clientelismo: a elite, que não quer sacrificar sua conta bancária e usa sua influência para agarrar os peitos do poder, é a principal freguesa da Prefeitura, ou seja, é a mais beneficiada.

O prefeito Djaci Brasileiro (PSDB) caminha firme para reeleição e é provável que conquiste um segundo mandato no pleito de outubro vindouro. Até o final do ano passado, todas as pesquisas de consumo interno mostravam seu favoritismo. Resultado de todo o assistencialismo que construiu até hoje e que continua erguendo agora: todo mês, a Prefeitura de Itaporanga gasta algumas dezenas de milhares de reais com assistência social individual.

Com isso, Djaci aproxima-se cada vez mais do povo, enquanto a oposição faz o caminho inverso e parece distante da massa: o principal nome oposicionista, Antônio Porcino (PMDB), pré-candidato a prefeito, não tem um contato direto com a população nem poderá incendiar as massas ao seu favor com meras, raras e rápidas entrevistas radiofônicas.

Folha do Vali

Um comentário:

  1. É uma vergonha que o itaporanguense vote em Djaci é por que o povo gosta de Sofrer de verdade, me mostre o que foi que Djaci trouxe de bom para itaporanga, nada e zero a esquerda. Esperamos que ele faça o melhor mais em outra gestão.

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