Família de Boa Ventura localiza filha desaparecida havia 3 anos e tida como morta

Uma reportagem intitulada Natal e seus moradores de rua, publicada no blog do Fotec, um projeto do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ressuscitou em uma família de Boa Ventura a esperança de um reencontro que parecia sepulto.

Os pais, os sete irmãos e os três filhos da jovem Eliane dos Santos Lopes, de 27 anos, pensavam que ela já estivesse morta. Mãe solteira, a mulher saiu de casa há três anos dizendo que iria para uma festa e nunca mais voltou nem deu notícias. Deixou três crianças pequenas e uma família inteira desesperada. Seus pais, Maria José dos Santos Lopes e Severino Lopes, que residem na Rua Artur Guimarães, em Boa Ventura, ficaram felizes ao saber que ela está viva, mas profundamente tristes com a situação em que se encontra a filha amada.

Eliane é hoje moradora de rua e está grávida. Abriga-se sozinha em um barraco de papelão nas proximidades da Rua General Felizardo Brito, em Natal, e sobrevive catando e vendendo latinhas de alumínio e garrafa peti.

Personagem principal da reportagem, ela diz que seu maior desejo é voltar para casa. E isso é o que também mais quer a família da jovem: seus pais e seus filhos, um menino e duas mulheres, a mais velha com dez anos e muita saudade da mãe.

“Mas nós não temos condição financeira de ir buscá-la nem conseguimos ainda nenhum contato com ela, que era uma pessoa tão vaidosa e hoje se encontra nessa situação triste”, comentou Edriane dos Santos Lopes, irmã de Eliane. Foi Edriane que a localizou na internet.

A família está à procura de apoio para trazer a jovem de volta para casa. A assistente social Édna Bernardino já tem feito alguma coisa para resolver o caso, e quem puder e desejar ajudar pode entrar em contato com a Fundação José Francisco de Sousa pelo e-mail folhadovali@yahoo.com.br ou pelo telefone (83) 9994-2794. Foto (www.folhadovali.com.br): Edriane exibe foto da reportagem, que mostra sua irmã sentada à porta do barraco de papelão, onde vive solitariamente.

Folha do Vali