Criada comissão regional de luta e mobilização por cisternas para áreas rurais do Vale

O Vale tem 57 mil pessoas vivendo na zona rural e parte desse contingente sem acesso à água potável, principalmente nos períodos de estiagem, de julho a dezembro, quando os pequenos e médios açudes secam. E pior de que a estiagem é a omissão do poder público.

Diante dessa realidade, várias entidades não governamentais situadas no Vale, entre as quais sindicatos de trabalhadores rurais, igrejas, pastorais católicas e outras instituições, a exemplo da Fundação José Francisco de Sousa, estão organizando-se para instalar na região uma UGM (Unidade Gestora Microrregional), entidade que integra a rede de ação da ASA (Articulação no Semiárido), que é responsável pela execução do programa Um Milhão de Cisternas, do Governo Federal, voltado às famílias rurais de baixa renda e sem acesso à água potável.

Dois encontros já ocorreram na seda da Igreja Ação Evangélica, em Itaporanga, o mais recente deles (foto) no sábado, 16 de abril, quando foi formada a comissão regional de luta e mobilização pela instalação da UGM, conforme apurou a Folha.

A comissão ganhou representação de todos os municípios presentes: Maria Vieira Leite, de Conceição; Maria das Graças, de Serra Grande; Francisco Leite da Silva Júnior, de Diamante; José Raimundo da Silva, de Igaracy; Francisca Laurentino de Lacerda, de Curral Velho; José Pedro, de Aguiar; Abílio José de Caldas, de Boa Ventura; Luiz Pereira de Sousa, de São José de Caiana; Francisco Pereira Vieira, de Santa Inês; Josefa Damásio da Silva, de Ibiara; Moésio Farias de Moura, Manoel Osmindo e Sousa Neto, de Itaporanga.

Além desses titulares, também foram escolhidos suplentes de cada município. Depois da composição dos membros da comissão, ocorreu a eleição para a presidência, que ficou com Francisca Laurentino, conhecida como Irmã Tica, de Curral Velho.

A mobilização regional ocorre a partir do envio, no final do ano passado, um dos períodos mais secos da história regional, de documentos à ASA Brasil e ao Ministério do Desenvolvimento Regional e Combate à Fome solicitando a implantação de uma UGM no Vale como meio de beneficiar, com cisternas, as centenas de famílias rurais sem acesso à água potável. Os requerimentos foram enviados pela Fundação José Francisco de Sousa.

Folha do vali

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