Reserva de água na Paraíba não é suficiente para o abastecimento


O Dia Mundial da Água é comemorado nesta segunda-feira, dia 22. O diretor de Acompanhamento e Controle da Aesa Laudízio da Silva Diniz, afirmou que no estado há uma defasagem de 5 metros cúbicos de água por segundo. A demanda da Paraíba, conforme Laudízio Diniz, é de 42 metros cúbicos por segundo. A disponibilidade somando-se os recursos concretos, que são as barragens, os poços e os rios, é de 36 metros cúbicos por segundo.

Mesmo com as 11 bacias hidrográficas dentro do estado, o volume total de água não é o suficiente. São 9.850 açudes que acumulam 1,5 bilhão de metros cúbicos de água. A Aesa monitora ainda 192 açudes com capacidade de armazenar 4,1 bilhões de metros cúbicos de água e 10 mil poços. São números e proporções imensos, mas que não atingem as necessidades de consumo do povo paraibano.

As soluções para o abastecimento de água no estado virão finalmente com a transposição do Rio São Francisco. Os rios da Paraíba se originam dentro dos limites da fronteira do estado e correm para o mar sem saírem da Paraíba. "Através da transposição do São Francisco, estaremosimportando um bem precioso que irá suprir esse déficit de consumo", explica Laudízio Diniz.

Segundo o diretor, o Eixo Leste da obra que percorrerá as regiões do Cariri, Curimataú, Brejo e algumas cidades do litoral, está para ser inaugurado ainda este ano. Estes esforços serão compensados com o aumento de mais de 4 bilhões de metros cúbicos de água.

E ainda, com a transposição, as águas da reserva de Sobradinho, na região de Itaparica, irão aumentar. E caso a Paraíba esteja em situação de emergência, precisando de água, poderá contar com o volume de 3,5 bilhões de metros cúbicos por segundo de água. Uma garantia e tanto.

Novas barragensAlém disso, o governo da Paraíba tem em seu planejamento a construção de barragens. Uma delas é a de Camará, que será reconstruída. A de Jandaia será concluída e outras três serão construídas em Manguape, e Macaíba. "Estes reservatórios suprirão totalmente as localidades onde estão inseridos", afirma Laudízio Dini.

Paralelamente, ações educativas para combater o desperdício serão realizadas pelo governo estadual, bem como a fiscalização sobre atos de poluição dos rios, o que é crime passível de pena. Essa fiscalização fica sob responsabilidade das equipes da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). Diminuir o consumo e cessar com a contaminação é fundamental para a preservação hídrica.

Por Márcia Dementshuk, da redação do JORNAL O NORTE

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