Impasse: Greve na Educação continua; governo se nega a cumprir a Lei do Piso

Reunidos em assembléia na tarde desta terça-feira, na sede do SINTEP/PB, os trabalhadores e trabalhadoras em educação do estado decidiram manter o movimento grevista por tempo indeterminado. A decisão veio logo após uma reunião entre representantes do comando de greve e a gestão estadual. Durante a reunião o Governador José Targino Maranhão deixou claro que não irá implementar a integralização do Piso Salarial Nacional, ou seja, o governo se nega a cumprir a Lei que determina 2010 como tempo limite para esta implementação, alegando que a Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado impediria o reajuste.

Presente também na reunião, o Chefe da Casa Civil, Marcelo Weicker, pediu uma sugestão de como resolver o impasse, os representantes do Comando de Greve, agora também integrado com dois membros da diretoria da Associação dos Professores com Licenciatura Plena da Paraíba (APLP), responderam que a gestão poderia pelo menos propor uma integralização escalonada, com o pagamento de 5% retroativo a janeiro, mais 6% em abril e os 5,8% restantes em setembro. Mesmo a proposta ainda configurando como o descumprimento da Lei que estabelece este reajuste integral no mês de janeiro, os representantes da categoria entendem que este já seria pelo menos um indicativo de abertura para as negociações. No entanto os representantes do executivo disseram que ainda precisariam analisar a possibilidade de efetuar a proposta com a equipe econômica.

Diante da falta de disposição para o diálogo e as negociações demonstrada pelo Governador e sua equipe, os trabalhadores aprovaram a continuação da greve e saíram em passeata até o Palácio da Redenção para anunciar sua decisão à sociedade e ao Governo estadual.

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