Comissão de transição constata: situação financeira da Cagepa é muito grave

A Comissão de Transição da parte do governador eleito da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) constatou, até agora, que a pior situação financeira e econômica dos órgãos da esfera estadual provavelmente é a da Cagepa. As dívidas são extremamente altas e muito além da receita.

Na manhã desta quarta-feira (1°), o deputado Zenóbio Toscano (PSDB), que faz parte da comissão de transição, disse que o faturamento mensal da empresa gira em torno de R$ 30 milhões. Desse total, a metade se destina a pagamento de pessoal e Previdência Social; mais R$ 5 milhões vão para pagamento de energia à Energisa; outros R$ 5 milhões são para pagamento a instituições bancárias referentes a empréstimos contraídos pela empresa.

Na entrevista que concedeu ao jornalista Lenilson Guedes, para o programa Correio Debate, da Rádio 98/FM (Rede Correio Sat), Zenóbio Toscano disse que conversou por mais de uma hora com o presidente da Cagepa, Alfredo Nogueira, para se inteirar da situação, de quem recebeu as informações.

Segundo o deputado Zenóbio Toscano, a Cagepa não implantou um aumento de 6,9 por cento nas tarifas, apesar de benefícios feitos com inúmeras obras, inclusive do PAC. “É uma situação muito complicada para o futuro governo. Miutias obras da empresa paralisadas”, acrescentou.

Ele disse também que a situação do DER também não é boa, porque muitas obras que foram iniciadas durante o período eleitoral, pelo atual governo, estão paralisadas. Revelou, por exemplo, que a empresa que está asfaltando a estrada que liga as cidades de Pilões e Areia, no Brejo da Paraíba, ainda não recebeu um centavo, sequer, de pagamento pelo trabalho.

A comissão de transição esteve nesta quarta-feira com o governador eleito, Ricardo Coutinho, para lhe pôr a par dos dados já fornecidos pelo atual governo, cujo mandato termina em 31 de dezembro.

A comissão deve concluir o trabalho de coleta de informações até o dia 15 de dezembro, segundo Zenóbio.

Wellington Farias