Pesquisa qualitativa: Ricardo lidera preferência e Maranhão leva imagem negativa em redes sociais

A presença de candidatos em redes sociais foi a grande novidade da campanha eleitoral deste ano na Paraíba. O poder de aproximação entre os candidatos e os internautas é o principal motivo para a adesão em massa a ferramentas como o Orkut, o Twitter, o Facebook e o YouTube. O investimento de olho no acúmulo de votos gera reações e comentários entre os internautas, que interagem expressando suas opiniões, sejam a favor ou contra os pleiteantes.

De olho na repercussão das campanhas nas mídias sociais, o Paraíba1 fez uma análise qualitativa e quantitativa do desempenho dos candidatos ao Governo do Estado com as mais intenções de votos nas pesquisas: José Maranhão (PMDB) e Ricardo Coutinho (PSB). A pesquisa reflete a projeção deles nas mídias sociais. Neste universo, foram identificados os comentários de internautas a favor ou contra, bem como a atuação de militantes e dos próprios candidatos nos sites.

O 'termômetro' mostra que a imagem do socialista é mais positiva do que a do peemedebista na internet, resultado que pode ser mensurado pela quantidade de menções atribuídas a cada um. Em quatro dias, foram registradas 1.810 postagens positivas para Coutinho, enquanto Maranhão obteve apenas 219. Contra Ricardo, foram 160 mensagens. Manchada, a imagem do atual governador teve quatro vezes mais comentários negativos: 652 no total.

No Twitter, José Maranhão e Ricardo Coutinho causam sentimentos diferentes entre os internautas. O primeiro recebeu, principalmente, menções negativas por não ter comparecido a debates televisivos e de rádio nos últimos dias. A hashtag #zefujao, por exemplo, gerou um movimento para explicitar a insatisfação dos tuiteiros com o candidato à reeleição. Do lado oposto, Ricardo teve mais menções de apoio, como na hashtag #soumaisricardo.


Para avaliar a aceitação ou rejeição de ambos, foi utilizada a ferramenta Scup, atualmente aproveitada pelas principais agências de marketing digital para monitoramento de marcas de grande porte, como Telefônica, Bradesco, Philips e Motorola. O 'termômetro' teve como base palavras-chave (nomes ou termos relacionados aos candidatos) e a classificação delas (positivo, negativo e neutro) em postagens no Twitter, tópicos criados em comunidades no Orkut, vídeos inseridos no YouTube e citações no Facebook. O levantamento foi feito durante quatro dias, entre 23 e 26 de setembro, período de debates e publicação de notícias do dia a dia de campanha. Este prazo também incluiu o fim de semana, quando aconteceram carreatas e ações específicas de campanha.

Foram analisados os seguintes critérios: engajamento dos internautas em prol ou contra os candidatos; presença dos candidatos (se eles têm perfis oficiais, a força de seus cabos eleitorais e quantidade de seguidores ou membros em cada rede); volume (quantidade de menções positivas, negativas e neutras nas redes sociais); e sentimento positivo ou negativo em torno dos nomes dos candidatos. A pesquisa foi feita sem divulgação prévia, com o objetivo de evitar publicações de menções intencionais e buscar resultados espontâneos. Como a pesquisa foi feita a partir do volume de citações, foram selecionados os candidatos que possuem mais de 100 menções por dia.

Karoline Zilah

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