IBGE vai percorrer mais de 45 mil domicílios em todo o Vale até 30 de outubro

Nos 17 municípios regionais subordinados à coordenação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de Itaporanga, 141 agentes censitários estão, desde o dia 2 de agosto, percorrendo ruas e sítios para saber quantos são e como vivem os habitantes deste Vale, cujo maior município é Itaporanga, que encerra esta primeira década do século 21 com uma população estimada em 23, 2 mil habitantes, números que devem ser confirmados pelo censo deste ano.

O Censo 2010 é um dos mais completos da história brasileira. O cidadão responde a dezenas de perguntas de caráter qualitativo e quantitativo sobre os mais diversos aspectos da vida familiar: renda, patrimônio, trabalho, quantidade de membros familiares, fecundidade, condições sanitárias e outras. “O censo é um raio-x da população e as pessoas são obrigadas por lei a responder, mas há também uma lei que garante a proteção das informações”, comenta o coordenador censitário Francisco de Assis Nóbrega, conhecido como Titico do IBGE, ao informar que, além das moradias, os domicílios comerciais também serão visitados pelo censo.

Estão sendo aplicados dois questionários: um básico, destinado a todos os domicílios e com apenas 36 perguntas, e um amostral, distribuído aleatoriamente entre os entrevistados, que podem chegar a responder até 108 questões.

O censo demográfico ocorre a cada dez anos e é um importante instrumento para que o governo conheça melhor a população, seu quantitativo e suas necessidades, e a partir dessas informações possa construir políticas públicas mais eficazes na solução dos problemas do país.

No Vale, a previsão é que a pesquisa seja encerrada no dia 30 de outubro. Até lá mais de 45 mil domicílios residenciais e centenas de estabelecimentos comerciais serão visitados. Os 17 municípios da coordenação regional foram divididos em duas subáreas: Itaporanga, que abrange nove municípios, e Conceição, que concentra o trabalho de oito unidades municipais, entre as quais Bonito de Santa Fé, que pertencia a Cajazeiras, mas agora integra a coordenação do Vale. Pelo outro lado, as cidades de Emas, Catingueira e Coremas não pertencem à coordenação regional.

As dificuldades

Titico avalia que neste primeiro mês “a recepção das pessoas aos pesquisadores tem sido boa”, mas ressalva que a coincidência com a campanha eleitoral poderá acarretar alguns problemas para o trabalho de pesquisa. “Atrapalha um pouco porque as pessoas confundem o nosso trabalho com pesquisa eleitoral, mas com toda a divulgação que está sendo feita, eu acredito que a grande maioria da população já está bem informada sobre o censo”, enfatiza.

Mas a maior dificuldade, conforme o coordenador, está concentrada nas áreas em litígios territoriais, ou seja, aquelas disputadas por dois municípios, a exemplo de algumas comunidades rurais situadas nos limites Piancó/Igaracy e Piancó/Coremas. “São várias comunidades em litígio, um problema antigo desta região, mas os políticos não se preocupam em resolver; e somente quando chega o censo é que alguns aparecem para criar polêmicas, porque ninguém quer perder habitante para não perder verba”, lamenta Titico.

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