Ex-delegado foi solto nessa terça e vai responder a processos em liberdade

O ex-delegado comissionado José Claudemir Soares Alves (foto), que também exerceu a função de diretor da cadeia de Itaporanga, foi posto em liberdade na tarde dessa terça-feira, 24, depois de cinco meses e vinte dias recolhido em uma cela especial do presídio regional de Patos.

Claudemir, que tem curso superior (por isso a prisão especial), conseguiu na Justiça o direito de responder em liberdade aos processos por usurpação de função pública, falsificação de documento e corrupção ativa.

Mesmo não integrando os quadros da Polícia Civil, Claudemir exercia funções burocráticas dentro da Delegacia Regional de Itaporanga, inclusive atuava como escrivão, com o aval de servidores do órgão. Foi nessa função que ele registrou o roubo de uma carga no dia 1º de fevereiro deste ano, mas depois constatou-se que o crime era uma farsa montada por uma quadrilha para desviar produtos de uma transportadora. Parte dos criminosos foi presa em uma operação comandada pelo delegado patoense Cristiano Jaques, que descobriu também o Boletim de Ocorrência (BO) irregular que havia sido lavrado em Itaporanga.

Claudemir admite que fez o BO, mas diz que assinou o registro por imaginar que o denunciante estivesse falando a verdade e assegura que não recebeu dinheiro para registrar a ocorrência. Mas como o ex-delegado não poderia exercer funções dentro da Polícia Civil e só é permitido o registro de queixa por roubo de carga na delegacia especializada em João Pessoa, Claudemir teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça a pedido do delegado Cristiano Jaques.

Agora, finalmente em liberdade, Claudemir, que reside em Itaporanga, espera ser absolvido em todos os processos e é taxativo ao afirmar que foi vítima de perseguição por parte do delegado Cristiano, com quem havia se desentendido anteriormente.

Folha do Vale

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