Municípios perdem mais 19% do FPM em Janeiro de 2010, lamenta UBAM

O presidente da União Brasileira de Municípios, Leonardo Santana, disse que o primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) do ano de 2010, creditado nesta sexta-feira (08), trará uma diferença a menor de 19,4% em relação ao mês de janeiro de 2009. O valor repassado a todos os Municípios o país será de R$ 1.344.915.191.

Segundo Leonardo, esse repasse é 29,8% menor que o repasse do mês passado, o que ratifica as previsões da UBAM que já preparava os Prefeitos para essas baixas durante o primeiro trimestre de 2010, tendo em vista a verdadeira “festa” que é feita com as desonerações do IPI, promovidas pelo governo da União, sem diminuir as responsabilidades dos Municípios.

Leonardo lamenta que já no mês de janeiro o FPM sofra esse decréscimo, considerando o aquecimento da produção e do mercado interno, durante o final do ano.

A União Brasileira de Municípios enviou hoje carta a todos os Senadores, solicitando uma urgente tomada de posição, para evitar novas quebradeiras nas contas das prefeituras municipais de todo Brasil, inclusive com a demissão em massa de milhares de servidores públicos do quadro permanente, devido a não flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal, a qual, segundo Leonardo, é apenas fiscalista e não consensual, pois condena o gestor sem considerar os prejuízos fiscais causados pela União contra os “entes federados”, sem nenhuma satisfação aos Governadores e Prefeitos.

“É preciso, mais do que nunca, se rediscutir o verdadeiro papel da União nos sistema federalista, para a formulação e cumprimento de um novo pacto federativo, que possa contemplar a igualdade de direitos e responsabilidades sociais da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios. O governo da União não pode mais continuar mandando sozinho e fazendo o que bem interessar. Isso é autoritarismo puro.”

“Algo de muito estranho se passa na equipe econômica do governo da União. É preciso que o Congresso se mostre mais eficaz na defesa dos Municípios, ou então eles serão inviabilizados. Os Municípios não estão podendo mais cumprir seus compromissos, nem garantir o bem estar da população, graças às renúncias fiscais promovidas pelo governo que nada sofre por possui a chave do cofre.” Finalizou Leonardo.

Gilcivane Carvalho

Nenhum comentário:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Tecnologia do Blogger.