Temendo reviravolta, Maranhão mantém visitas a escritório de advogado no DF

Como o seguro morreu de velho, o governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), não baixou a guarda quando o assunto é a Justiça eleitoral e sempre que vai a Brasília, a exemplo da última sexta-feira e de hoje, consegue arrumar uma brecha na agenda administrativa para encaixar uma rápida visitinha ao escritório do advogado Fernando Neves, que representou o peemedebista no Caso FAC.
Avesso a explicações mais aprofundadas sobre o motivo das visitas, o governador se esquiva quando é indagado sobre os assuntos que trata com o ilustre advogado, mas nos corredores do Congresso comentam que a nova investida dos advogados tucanos no STF seria uma das razões das reuniões semanais, além dos processos aos quais também responde no TSE. Já alguns jornalistas do Planalto especulam que se tratam de encontros onde o ex-senador estaria “acertando” com o advogado pelos serviços prestados, mas sempre que é indagado sobre uma possível reviravolta na decisão que o colocou no Palácio da Redenção, Maranhão foge de perguntas como o diabo da cruz.As decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de diplomar o segundo colocado nas eleições para governador foram questionadas, nesta terça-feira, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Supremo Tribunal Federal (STF).
O PSB impetrou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra decisões do TSE de entregar cargos a candidatos derrotados. De acordo com o artigo 224 do Código Eleitoral, se os votos nulos atingirem mais da metade dos votos dos Estados nas eleições federais e estaduais serão prejudicadas as votações dos outros candidatos e o Tribunal deverá marcar dia para uma nova eleição dentro do prazo de vinte a quarenta dias. A Lei vale também para as eleições presidenciais e municipais. “A aplicação dessa norma às eleições pelo sistema majoritário, especialmente aquelas em que são escolhidos os representantes do Povo no Poder Executivo, é inconteste” afirmou o advogado do PSB, José Antonio Almeida, explicando que se a vontade do eleitor for fraudada, após a cassação recomenda-se novo pleito. O socialista explicou também que a postura do PSB é defender o direito democrático que a população tem em escolher os seus governantes. “Uma vez que não se tem a maioria absoluta, todo o processo eleitoral é prejudicado. Portanto, faz parte do processo democrático o respeito à Constituição”, defendeu José Antonio Almeida.
Os governadores do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), foram cassados no início do ano. Como as chapas foram impugnadas, os vice-governadores também foram afastados e a justiça deu vitória aos perdedores. Além deles, aguardam julgamento os governadores do PMDB Luís Henrique da Silveira, de Santa Catarina, José Anchieta Júnior, de Roraima, e Marcelo Miranda, de Tocantins; Waldez Góes do PSDB do Amapá e Marcelo Deda do PT de Sergipe.
Da redaçãoClickPB

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